terça-feira, 21 de junho de 2016

Lilith

A lenda de Lilith tem várias versões nos diversos lugares do mundo e é uma lenda já bem antiga de um dos seres femininos que mais causa curiosidade nas pessoas.

Mitologia Mesopotâmica


Lilith foi uma deusa adorada na Mesopotâmia associada com ventos e tempestade, que se imaginava serem portadores de enfermidades e morte. Segundo a antiga Mesopotâmia, Lilith se utilizaria das águas como um portal para transitar entre o seu mundo e o nosso. Nessa mitologia, ela também é considerada um demônio feminino da noite.

Mitologia Suméria


Na mitologia suméria, a imagem de Lilith também aparece na categoria de demônios ou espíritos de ventos e tormentas. Na Babilônia, assim como na Suméria, ela, ao mesmo tempo que era cultuada, era identificada com os demônios e espíritos malignos. Seu símbolo era a lua, pois, assim como a lua, era era uma deusa de fases boas e ruins. Alguns estudiosos assimilam ela a deusas da fertilidade, assim como também a deusas cruéis.

Mitologia Grega


Na mitologia grega, Lilith é associada à deusa Hecate, "a mulher escarlate", uma deusa que guarda as portas do inferno (ou tártaro) montada em Cérbero (o cão de três cabeças). A associação se dá devido a Hecate, assim como Lilith, representar, na mitologia grega, a vida noturna e a rebeldia da mulher para com o homem.

Mitologia Bíblica


Segundo alguns mitos cristãos e até mesmo algumas interpretações do livro Gênesis da bíblia, haveria Deus criado uma mulher antes de Eva e essa seria Lilith. Segundo os mitos, Deus teria criado Lilith da mesma forma que criou Adão: do barro. Porém, Adão e Lilith não se deram bem um com o outro. Ela se recusava a ficar sempre por baixo durante a relação sexual. Já Adão dizia que jamais ficaria por baixo, pois Lilith deveria sempre estar abaixo dele, de forma inferior, submissa. Mas Lilith retrucou, pois ambos haviam sido criados da mesma forma, como iguais e como iguais eles teriam que se tratar para poder conviver. Como nenhum lado cedeu, Lilith se cansou de tudo aquilo e saiu do Jardim do Éden. Adão, por sua vez, conversou com Deus, avisando-o que a mulher que ele havia lhe dado havia fugido. Então, Deus mandou três anjos a buscar Lilith: Sanvi, Sansavi e Samangelaf. Porém, quando os anjos insistiram para Lilith regressasse, ela se negou, mesmo sob a ameaça deles afogarem-na se não voltasse com eles. Então, Deus a condenou a perder cem filhos por dia como punição por sua desobediência. Desde então, para proteger os recém-nascidos da influência de Lilith, as pessoas deveriam colocar amuletos com o nome dos três anjos perto de seus filhos.

Diz-se então que, após isso, Lilith juntou-se aos anjos renegados, sendo reconhecida como um demônio. Também acredita-se que ela foi a serpente que ofereceu o fruto proibido a Eva, fazendo com que Adão e Eva fossem expulsos do paraíso. Ela (Lilith) então passou a perseguir os homens, principalmente os adúlteros, crianças e recém-casados.

Com a modernidade, Lilith foi considerada a primeira feminista da história, sendo a primeira mulher a se revelar contra o sistema patriarcal.

Surgimento do Vampirismo


Acredita-se que foi com Lilith que o vampirismo surgiu. Como ela foi amaldiçoada por Deus a perder cem filhos por dia, seus filhos nasciam mortos, porém ressuscitavam como criaturas que foram denominadas de Súcubos, quando mulheres e Íncubos, quando homens. Ou simplesmente Lilims. Eles se alimentavam do ato sexual e de sangue humano.

Os ataques de Lilith tinha sua peculiaridade. Como a aperto esmagador no peito, por vingança de ter que ficar por baixo na relação sexual com Adão. Ela também podia cortar o pênis de um homem com sua vagina. Ao mesmo tempo em que representava a liberdade feminina, Lilith também representava a castração masculina.

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