terça-feira, 26 de abril de 2016

O casarão da Fazenda Trigreiro


Esse casarão está situado nos arredores da cidade de Pereiro-CE, no nordeste do Brasil. Ele fica na Fazenda Trigreiro e foi construído há 220 anos. O fazendeiro Manoel Diognes Ozório foi o primeiro morador e lá viveu a primeira geração da família Diognes.

Segundo alguns relatos, a areia usada na construção era trazida do Rio Jaguaribe. Um fato curioso é que o térreo só tem janela para frente. Segundo os pesquisadores, isso era uma estratégia de defesa contra ataques de índios e cangaceiros, muito comuns na época. Qualquer sinal de ataque, era só fechar as janelas e portas da frente e a defesa estaria armada.

Há relatos de que o casarão é mal assombrado. Talvez pelos espíritos daqueles que viveram por lá. Relatos dos moradores dos dias de hoje afirmam que pode-se escutar choro de crianças lá dentro, além de batidas de pilão e animais se aproximando. Há boatos também que haveriam ossos humanos enterrados nas paredes da casa, que chegam a ter um metro de largura.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Ammit


Ammit, também conhecido pelo nome de Ammut, Amut ou Ahemait; era conhecido como "O devorador", "O devorador de Almas", "O devorador de Corações" e mesmo como "Grande Morte".

Ammit era um monstro horrendo e pavoroso que parecia a mistura de um leão, um crocodilo e um hipopótamo (conhecidos na época do antigo Egito como os maiores matadores de pessoas). Ammit era um ser que se poderia encontrar após a morte do corpo físico. Acredita-se que, após morrer, a alma das pessoas iriam ser julgadas por Osíris. O coração da pessoa em julgamento seria colocado numa balança, comparado a uma pena. Se o coração pesasse tanto quanto a pena ou menos que isso, a pessoa estava salva e iria para a vida eterna ao lado dos deuses. Porém, se o pesar dos pecados contidos no coração fosse maior que o da pena, ele seria sentenciado ao Ammit.

Ammit, por sua vez, ao encontrar a alma da pessoa que não passou no julgamento de Osíris, iria destroçá-la. Ele a devoraria sem dó ou piedade até não restar mais nada, e a pessoa deixaria simplesmente de existir, perdendo seu direito à vida eterna.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Alma Egípcia


Para os antigos egípcios, havia vida após a morte, então, para eles, aquela vida era altamente desejável. Eles acreditavam que existia, dentro de nós, uma alma imortal que continuaria vivendo após a morte do corpo físico. A alma era composta por partes diversas. Não havia apenas a forma física, e sim haviam oito partes imortais ou semi-divinas, que sobreviviam à morte. Portanto, as oito partes imortais mais a parte mortal constituíam as nove partes do ser humano.

Partes da alma egípcia:

Khat - A forma física, o corpo que pode se desintegrar após a morte, a parte externa dos mortais que pode ser preservada apenas pela mumificação.

Ka - O Ka passa a seguir a pessoa como uma sombra ou um duplo, durante toda a vida. Mas quando a pessoa morre, o Ka retorna para sua morada celeste. A preservação do corpo, as oferendas de comida, sejam reais ou apenas gravadas nas paredes da tumba, propiciavam energia ao Ka (não que ele comesse, mas assim como as estátuas dos deuses, o Ka assimilava energia). Os egípcios acreditavam que os animais, as plantas, a água e as pedras, por exemplo, possuíam seu próprio Ka. O Ka humano até podia habitar uma planta, enquanto a pessoa a quem ele pertencia dormia. O Ka podia se manifestar, como um fantasma para outras pessoas, tanto fazia se a pessoa a quem ele pertencia estivesse viva ou morta. Podia até apavorar as pessoas que por acaso tivessem feito algum mal para seu possuidor. Se, por exemplo, a família não tivesse feito as oferendas devidas, o Ka faminto e sedento, os assombraria até que corrigissem seu erro. Na vida diária, ao dar comida e bebida para alguém, os antigos egípcios costumavam usar a frase "para o seu Ka", para desejar energia vital do Ka.

Ba -  Ele podia assumir a forma que desejasse. Geralmente ele se apresenta na forma de um pássaro com cabeça humana que flutua em torno da tumba durante o dia, alimentando o falecido com água e comida.

Akh - Também pode ser chamado de Akhu, Khu ou Ikhu.  É o resultado da união do Ba e do Ka. É a parte imortal, o ser radiante que vive dentro do Sahu. Significa o intelecto, os desejos e intenções do falecido. O Akh se transfigura na morte, e sobe aos céus para viver com os deuses entre as estrelas.

Sahu - É o corpo espiritual. Caso o morto se saia bem no Julgamento de Osíris, o Sahu sobe aos céus saindo do corpo físico, como todas as habilidades mentais de um ser humano vivo.

Sekhem - É a personificação incorpórea da força vital do homem, que passa a viver entre as estrelas junto com o Akh, após a morte física.

Ab - Também pode ser chamado de Ib. É o coração metafísico, esta é a fonte do bem e do mal dentro de uma pessoa. É o caráter e o centro dos pensamentos, que pode abandonar o corpo de acordo com sua vontade, e viver junto com os deuses após a morte, ou ser engolida por Ammut, assim tendo a morte final, quando os pratos da balança de Ma´at não se equilibram.

Ren - É o nome verdadeiro. É a parte vital do homem em sua jornada através da vida e do pós vida. Para compreender melhor, basta saber que o deus criador Ptah, criou o mundo dizendo o nome de todas as coisas. Um recém nascido devia receber um nome imediatamente senão estaria vivendo uma existência incompleta. As cerimônias de nomeação eram secretas, de modo que, uma pessoa podia viver toda sua vida usando um apelido para que ninguém descobrisse seu nome verdadeiro.

domingo, 17 de abril de 2016

Marsias


Certa vez, Atenas criou uma flauta para tocar belas melodias, porém, não muito tempo depois, ela decidiu se desfazer da flauta, pois, quando a tocava, suas bochechas ficavam inchadas e ele virava motivo de chacota das outras deusas (dizem que quem ria dela eram Afrodite e Hera). Então, certo dia, um Sátiro chamado Marsias encontrou a flauta de Atenas e ficou com ela para si.

Marsias treinou com a flauta por muito tempo, até que se tornou um músico formidável. Ele já tocava aquela flauta com maestria. Então, Marsias resolveu desafiar o deus Apolo para uma competição de música. Porém, Marsias não foi bom o suficiente perante Apolo e perdeu a competição. Como punição, Apolo o esfolou vivo.

Depois, Apolo sentiu-se triste por Marsias. Então, do sangue que escorria de seu corpo, Apolo fez nascer um rio e deu a ele o nome de Rio Marsias.

sábado, 16 de abril de 2016

Sátiro


Na mitologia grega, os Sátiros são divindades menores da natureza. Eles tem os aspecto de seres humanos, sempre homens, porém com traços de bode, como seus chifres, seus cascos e sua calda. Apresentam também narizes achatados e barba longa. Apesar de serem seres divinos, os Sátiros não eram imortais.

Os Sátiros viviam em florestas e bosques e mantinham relações sexuais com as ninfas, principalmente as mênades, em culto ao deus Dionísio. Os Sátiros também eram símbolo de grande virilidade e eram representados nas pinturas com ereções.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Os verdadeiros portões do Inferno


Desde o colapso da antiga União Soviética em 1989, muitos bizarros arquivos secretos da KGB foram inspecionados tanto pelos Estados Unidos quanto pela Inglaterra. Em 1990, um desses arquivos antigos foi enviado por fax ao Departamento D11 do Serviço Secreto em Whitehall London, mas o que o dossiê continha era tão extraordinário e inacreditável que a informação vazou.

A informação contida naquele arquivo, incluindo informação colhida do artigo de uma revista finlandesa chamada Ammennusatia, é mostrada abaixo:

Em 2006, o projeto Kola, na estação Zapolyarny, perto de Murmansk, no Ártico, comemorou o seu vigésimo quinto aniversário. Apesar de ter alcançado uma profundidade de 12 quilômetros em 1983, levou-se mais dez anos para perfurar outro 262 metros.

A uma profundidade de dez quilômetros, os cientistas descobriram depósitos fantásticos de ouro e diamantes. A temperatura a uma profundidade de doze quilômetros era de 220 graus Celsius, e havia uma grande quantidade de radiação que destruiu dezenas de brocas de titânio. Os cientistas já tinham descoberto dezenas de fósseis de microrganismos a uma grande profundidade, e então, para surpresa de todos, a uma profundidade de quatro quilômetros, eles perceberam que todos os estudos estavam errados, pois não havia basalto mas uma grande quantidade de granito e a temperatura era muito maior do que se previa.

Todos os projetos em todo o mundo que procuraram cavar buracos até o centro da Terra parou a três quilômetros. Cerca de 600 tentativas foram feitas pelos norte-americanos, alemães e japoneses, mas logo que chegavam à “maldita profundidade” coisas estranhas começaram a acontecer. Às vezes, as brocas queimavam misteriosamente, outras vezes eram puxadas para baixo por forças invisíveis e desapareciam.

Em todo o mundo, apenas cinco buracos foram perfurados além de três quilômetros. Quatro destes foram feitos na antiga União Soviética. Dos buracos, todos furados em áreas de depósitos de petróleo e gás, só o buraco Kola foi mais além de sete quilômetros.

Nessa profundidade levou cerca de setenta horas para se trazer amostras do material da terra. Os dados sobre a temperatura, radiação e ruído levaram um minuto para chegar à superfície. Além de tudo isso, muitos incidentes estranhos ocorreram logo que o super-buraco de Kola atingiu uma profundidade de dez quilômetros.

Em duas ocasiões, as pontas de broca derreteram, apesar do fato de que as pontas de titânio só derretem se as temperaturas forem iguais às da superfície do sol. Várias vezes a broca parecia ser arrastada para baixo e quebrada, nunca as pontas de broca foram encontradas. E estes foram apenas alguns dos incidentes inexplicáveis.

Em 1994, quando a broca atingiu treze quilômetros e eles estavam prestes a cobrir as sondas de perfuração e a broca, o Dr. Azzakov resolveu enviar um microfone ultrassensível para captar os ruídos das placas tectônicas. Ele reuniu sua equipe de pesquisadores em uma sala para verificar a gravação. Em vez de ruído de placas, se escutou a voz de milhões de pessoas gritando. Eles tentaram ajustar a gravação, achando que era algum erro, mas o ruído permanecia. Fizeram novas gravações e o resultando era o mesmo. O Dr. Azzakov disse que todas as vezes se podia ouvir claramente uma voz gritando de dor e desespero, e no fundo milhões de outras.

Todos ficaram muito assustados e logo, metade dos cientistas deixaram o projeto por causa do medo. O líder da equipe, Dr. Azzakov, disse que devem haver pessoas lá embaixo, mas isso não seria possível.

Ele disse que enquanto ateísta não acredita em Deus e no Céu, mas como cientista, ele disse que agora acreditava no Inferno. Ele afirmou que com certeza, eles “atingiram os Portões do Inferno” quando cavaram a tão distante profundidade.

Segundo outra lenda a respeito do caso, teria se ouvido uma enorme e inexplicável explosão e um demônio que teria saído das profundezas da Terra pelo buraco. As escavações foram canceladas em 1995 quando perfuradores se recusaram a trabalhar por mais tempo, porque “demônios estavam subindo do fundo da Terra”. Os trabalhadores diziam apavorados que os sons que vinham até a superfície se assemelhavam a gritos e berros.

Além disso, os soviéticos temiam que essa descoberta confirmasse a existência do Inferno fazendo ruir as teorias ateístas do seu regime. Hoje, apenas cinco cientistas vivem na estação de pesquisa em Kola, onde está o mais profundo buraco no planeta, mas o trabalho é apenas analisar as amostras que já tinham sido retiradas durante a escavação.

Na primavera deste ano, cientistas do Instituto de Geofísica foram para Kola e fizeram outra descoberta surpreendente: a uma profundidade de três quilômetros os sons da atividade humana podem ser ouvidos lá embaixo. Sons da superfície estão tão altos que abafam o ruído da atividade geoacústica do planeta.

Em outras palavras, aqueles que vivem no inferno sabem exatamente o que está acontecendo entre os seres humanos na superfície do planeta.

Curiosamente, há uma outra lenda que diz que Jacques Costeau desistiu de explorar cavernas subaquáticas nas profundezas do oceano porque ao explorar uma delas ouviu sons como o grito dos condenados. Dizem que um de seus homens teve experiência semelhante quando explorava fendas no Triângulo das Bermudas e se assustou tanto que pediu para ser retirado imediatamente do mar. O que ele ouviu? Sons de pessoas gritando de dor.

domingo, 13 de março de 2016

A Marca em forma de "M" na mão das pessoas


Após um longo estudo, foi publicado no site “Cuisine and Health” que as pessoas que têm a letra "M" na palma da mão são pessoas muito especiais, que nasceram para transformar o mundo de alguma forma.

Segundo o estudo, quem possui o ”M” na palma da mão é especialmente talentoso, possui grande poder de intuição e tem um espírito empreendedor. As pessoas com o ”M” na palma da mão não são do tipo que se encontram facilmente, ou sempre.

E elas detestam ser enganadas! Devido aos elevados níveis de intuição elas sempre vão saber se você mentir ou tentar enganá-las. Principalmente as mulheres que têm a letra M na palma da mão , que tem uma intuição muito mais forte do que a dos homens.

ATENÇÃO: Nunca tente enganar uma pessoa que possui esta característica. É sério! Pessoas com o ‘M’ tem os poderes necessários para fazer todas as mudanças que elas precisam na vida. Por isso, é vital que aproveitem todas as oportunidades que surgirem.

sexta-feira, 4 de março de 2016

A Mula Sem Cabeça


A mula-sem-cabeça é uma lenda do folclore brasileiro. Acredita-se que, quando uma mulher mantém uma relação amorosa com um padre ou mesmo comete algum pecado com o pensamento em um padre, essa mulher é amaldiçoada a se transformar na criatura em noites de lua cheia e a vagar por aí assustando as pessoas, relinchando e galopando de forma a se ouvir seus barulhos de muito distante.

Algumas pessoas já afirmaram ter visto a tal criatura na mata. Dizem que ela só aparece durante a noite e sempre a descrevem como uma mula de pelos marrons ou pretos, sem cabeça e que, no lugar desta, há uma enorme chama de fogo, a qual ela usa para matar queimado quem quer que cruze o seu caminho.

Diz-se também que há duas formas de desfazer a maldição: a primeiro consiste em tirar o cabresto da mula e a segunda em tirá-la sangue com um alfinete ou um pedaço de madeira, ambos virgens. Ao fazer isso, a criatura se transformaria de volta a sua forma original de mulher humana e apareceria despida e chorando arrependida por seus pecados.

quinta-feira, 3 de março de 2016

Kwaku Anansi


Essa é uma lenda africana. Ela conta a história de Kwaku Anansi, uma criatura que era metade homem metade aranha que queria ter o poder de contar histórias para contá-las ao seu povo, pois, naquele tempo, não havia como contar histórias, já que todas elas pertenciam a Nyame, o deus do céu.

Certo dia, Kwaku teceu um teia de prata tão imensa que chegou a alcançar o céu e, por ela, Kwaku subiu até dar de encontro com Nyame. Quando Nyame ouviu que Kwaku queria suas histórias, ele riu, achando aquilo ridículo. Então, Nyame lhe disse:

- O preço de minhas histórias é que você me traga três oferendas. Eu quero que você me traga Obeso, o leopardo de dentes terríveis; Mmboro, os marimbondos que picam como fogo e Moatia, a fada que nenhum homem viu.

Nyame pensava que com um desafio tão grande, Kwaku iria desistir da ideia, mas Kwaku apenas lhe respondeu:

- Pagarei seu preço com prazer, ainda lhe trago Ianysiá, minha velha mãe, sexta filha de minha avó.

Novamente, Nyame riu e disse:

- Ora, Anansi, como pode um velho fraco que nem você, tão pequeno, tão pequeno, conseguir pagar o meu preço?

Mas Anansi nada respondeu. Ele apenas desceu por sua teia de prata que ia do céu à Terra e foi em busca dos pedidos de Nyame.

Kwaku foi para a selva, onde encontrou Obeso, o leopardo de dentes terríveis. Ao vê-lo, o leopardo logo disse:

- Aha! Anansi! Que bom vê-lo. Você chegou bem na hora para ser o meu almoço.

- O que tiver de ser será. - disse Kwaku - Mas primeiro vamos brincar do jogo de amarrar?

- Como se joga esse jogo? - perguntou o leopardo, que adorava jogos.

- Eu vou amarrar suas pernas e seus braços com cipós, depois eu desamarro e você me amarra. Quem amarrar mais rápido vence. - disse Kwaku.

- Muito bem! - rosnou o leopardo, que planejava devorar Kwaku depois que o amarrasse.

Então Kwaku amarrou Osebo pelos pés numa grande árvore e disse-lhe:

- Agora, Osebo, você está pronto para encontrar Nyame, o deus do céu.

Aí, Kwaku cortou uma folha de bananeira, encheu uma cabeça com água e seguiu rumo à casa de Mmboro. Ao chegar lá, derramou um pouco da água sobre si e o resto por cima da casa de Mmbora e gritou:

- Está chovendo! Está chovendo! Vocês não gostariam de entrar na minha cabaça para que a chuva não estrague suas asas?

- Muito obrigado, muito obrigado. - Zumbiam os marimbondos entrando na cabaça que Kwaku fechou rapidamente.

O homem aranha, então, pendurou a cabaça na árvore e disse:

- Agora, Mmboro, você está pronto para encontrar Nyame, o deus do céu.

Depois, Kwaku escupiu uma boneca de madeira, cobriu-a de cola totalmente e a pôs aos pés de um flamboyant, onde as fadas costumam dançar. À sua frente, colocou uma tigela de inhame assado, amarrou a ponto de um cipó na cabeça da boneca e foi se esconder atrás de um arbusto, segurando a outra ponta do cipó.

Minutos depois, chegou Moatia, a fada que nenhum homem viu. Ela veio dançando, dançando, dançando, como só as fadas africanas sabem dançar, até os pés do flamboyant. Lá, ela avistou a boneca e a tigela de inhame.

- Bebê de borracha, estou com tanta fome, poderia me dar um pouco do seu inhame? - pediu a fada.

Kwaku puxou o cipó, fazendo a cabeça da boneca acenar, afirmando para a fada. A fada, contente, comeu todo o inhame e depois agradeceu:

- Muito obrigada, bebê de borracha. - disse a fada, mas a boneca não respondeu e então a fada ameaçou - bebê de borracha, se você não me responder, eu vou te bater.

Como a boneca não respondeu, a fada deu-lhe um tapa, ficando com a mão grudada na boneca, que estava cheia de cola. E, como a boneca ainda não respondera nada, a fada, mais irritada ainda, falou:

- Bebê de borracha, se você não me responder, vou lhe dar outro tapa.

A boneca continuou sem responder e a fada deu-lhe outro tapa, ficando agora com as duas mãos grudadas. Depois, tentando se soltar, pôs o pé na boneca, ficando mais grudada ainda. Kwaku, então, saiu de trás do arbusto e carregou a fada até a grande árvore e, lá, lhe disse:

- Agora, Moatia, você está pronta para encontrar Nyame, o deus do céu.

Aí, Kwaku foi a casa de Ianysiá, sua velha mãe, e disse-lhe:

- Ianisiá, venha comigo, eu vou dá-la a Nayme, o deus do céu, em troca de suas histórias.

Depois, Kwaku teceu uma grande teia de prata em volta do leopardo, dos marimbondos e da fada e teceu outra teia de prata que ia do céu até o chão e subiu por ela carregando seus tesouros.

- Ave Nyame. - disse Kwaku - Aqui está o preço que você pediu por suas histórias: Osebo, o leopardo de dentes terríveis; Mmboro, os marimbondos que picam como o fogo e Moatia, a fada que nenhum homem viu. Ainda lhe trouxe Ianysiá, minha velha mãe, sexta filha de minha avó.

Nyame ficou surpreso e maravilhado com aquilo. Ele chamou todos de sua côrte e disse:

- O pequeno Anansi trouxe para mim o preço de minhas histórias. De hoje em diante e para sempre, todas as histórias pertencem a Anansi. Cantem em seu louvor.

Anansi, feliz, desceu por sua teia de prata com o baú das histórias e, ao abri-lo, elas se espalharam pelos quatro cantos do mundo.

O Inferno de Tomino


Essa é mais uma lenda japonesa. "O Inferno de Tomino" é um poema escrito por Yoomta Inuhiko e se encontra em um livro chamado "The Hearh Is Like A Rolling Stone". Também incluído na 27ª coletânea de poemas de Saizo Yaso, em 1919.

O Poema conta a história de Tomino, que, após morrer, foi enviado diretamente para o inferno. Porém, ele é um poema maldito. Conta-se que ele mata sem dó nem piedade qualquer um que ouse lê-lo em voz alta. Com muita sorte, a pessoa que leu o poema pode até não morrer, mas, assim mesmo, torna-se uma pessoa amaldiçoada e muitas coisas ruins irão acontecer em sua vida dali em diante.