quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Medusa


A lenda da Medusa possui várias versões, já que é tão antiga e por muito tempo foi passada entre as gerações apenas por meio oral, então, esta é apenas uma das versões de sua lenda.

Medusa era uma mulher agraciada com beleza e formosura. Qualquer homem que a visse a desejaria no mesmo instante de tão atraente que era. Certa vez, Medusa estava fugindo de Posseidon, pois este queria possuí-la contra sua vontade. Desesperada, Medusa correu para o templo de Atenas, mas, ali mesmo, Posseidon a alcançou e a violou sem que Medusa tivesse alguma chance contra o deus dos mares e oceanos.

Desesperada, após o ocorrido, Medusa implorou pela ajuda de Atenas, mas esta, ao invés de sentir pena de Medusa, sentiu nojo. Atenas transformou Medusa em uma criatura horrível. A fez da cintura para baixo serpente, para que nenhum outro homem pudesse violá-la novamente. fez os fios de seus cabelos virarem cobras e fez com que qualquer homem que olhasse para seu rosto se tornasse pedra. Além disso, Atenas prendeu Medusa em outro templo e impediu qualquer mulher de entrar nele, para que Medusa não precisasse ter que ver outras mulheres puras e lembrar-se de que ela já não era mais.

Medusa viveu no templo, escondida do mundo, por vários anos. Todos os homens que ousaram entrar naquele templo encontraram lá dentro uma morte terrível. As mulheres, como fez Atenas, eram fisicamente incapazes de entrar no templo.Porém, um dia, Perseu entrou no templo e arrancou a cabeça de Medusa, o que a levou a morte. Há quem diga que, ao final, a cabeça de Medusa acabou indo parar nas mãos de Atenas, que a colocou em seu escudo.

domingo, 13 de setembro de 2015

Vila Inunaki


Essa é uma vila misteriosa que se encontra totalmente isolada de outras aldeias japonesas. Até mesmo os japoneses têm dificuldade em encontrá-la, o que gera certa dúvida se ela realmente existe. Algumas pessoas que afirmam tê-la encontrado dizem que, já na entrada, existe uma placa que diz: “As leis constituintes do Japão não se aplicam aqui”.

Segundo relatos, as pessoas por lá vivem de uma forma extremamente estranha. Incestos, canibalismos e assassinatos são muito comuns por lá. Por alguma razão, nenhum aparelho eletrônico funciona nessa vila. Há lojas antigas e telefones públicos, mas você não pode chamar ninguém. Muitas pessoas já foram para esta aldeia, mas ninguém jamais voltou.

As lágrimas de Potira


Muito antes de os brancos atingirem os sertões de Goiás, em busca de pedras preciosas, existiam por aquelas partes do Brasil muitas tribos indígenas, vivendo em paz ou em guerra e segundo suas crenças e hábitos.

Numa dessas tribos, que por muito tempo manteve a harmonia com seus vizinhos, viviam Potira, menina contemplada por Tupã com a formosura das flores, e Itagibá, um jovem forte e valente.

Era costume na tribo as mulheres se casarem cedo e os homens assim que se tornassem guerreiros.

Quando Potira chegou à idade do casamento, Itagibá adquiriu sua condição de guerreiro. Não havia como negar que se amavam e que tinham escolhido um ao outro. Embora outros jovens quisessem o amor da "indiazinha", nenhum ainda possuía a condição exigida para as bodas, de modo que não houve disputa, e Potira e Itagibá se uniram com muita festa.

Corria o tempo tranquilamente, sem que nada perturbasse a vida do apaixonado casal. Os curtos períodos de separação, quando Itagibá saía com os demais para caçar, tornavam os dois ainda mais unidos. Era admirável a alegria do reencontro!

Um dia, no entanto, o território da tribo foi invadido por vizinhos cobiçosos, devido à abundante caça que ali havia. E Itagibá teve que partir com os outros homens para a guerra.

Potira ficou contemplando as canoas que desciam rio abaixo, levando sua gente em armas, sem saber exatamente o que sentia, além da tristeza de se separar de seu amado por um tempo não previsto. Não chorou como as mulheres mais velhas, talvez porque nunca houvesse visto ou vivido o que sucede numa guerra.

Mas todas as tardes ia sentar-se à beira do rio, numa espera paciente e calma. Alheia aos afazeres de suas irmãs e à algazarra constante das crianças, ficava atenta, querendo ouvir o som de um remo batendo na água e ver uma canoa despontar na curva do rio, trazendo de volta seu amado. Somente retornava à taba quando o sol se punha e depois de olhar uma última vez, tentando distinguir no entardecer o perfil de Itagibá.

Foram muitas tardes iguais, com a dor da saudade aumentando pouco a pouco. Até que o canto da araponga ressoou na floresta, desta vez não para anunciar a chuva mas para prenunciar que Itagibá não voltaria, pois tinha morrido na batalha.

E, pela primeira vez, Potira chorou. Sem dizer palavra, como não haveria de fazer nunca mais, ficou à beira do rio para o resto de sua vida, soluçando tristemente. E as lágrimas que desciam pelo seu rosto sem cessar foram-se tornando sólidas e brilhantes no ar, antes de submergir na água e bater no cascalho do fundo.

Dizem que Tupã, condoído com tanto sofrimento, transformou suas lágrimas em diamantes, para perpetuar a lembrança daquele amor.

Gêmeos amaldiçoados em Madagascar


Algumas tribos da ilha de Madagascar acreditam que o nascimento de gêmeos é uma maldição, por isso, as crianças são mortas pelos próprios pais. Os nativos, por palavra de um deles mesmo, não podem permitir que a maldição volta a cair sobre a tribo, por isso, é preciso que os gêmeos sejam mortos.

A tribo considera os gêmeos amaldiçoados por causa de uma lenda. Ao fugir durante uma guerra, a rainha da tribo esqueceu um dos seus gêmeos. Ela, então, ordenou que voltassem para busca-lo e, ao retornar, todos foram massacrados pelos inimigos.

A boneca de Okiku


Esse é um caso real. Okiku tinha uma boneca que vestia um quimono e ela era a inseparável amiga da menina. Porém, certo dia, Okiku morreu de frio e seu espírito voltou, possuindo o brinquedo. Agora, o cabelo da boneca de Okiku cresce e ninguém tem uma explicação para isso. Ela se encontra guardada no Templo Mannenji, no Japão.

Antes de ser possuída, a boneca tinha cabelo curto. Porém, com o passar do tempo, ele foi crescendo e agora está comprido. Ninguém sabe como o cabelo continua a crescer, mas estudos científicos concluíram que o cabelo é de uma criança. Talvez o de Okiku.

As listras de lágrimas do Guepardo


Reza a lenda que, antigamente, os Guepardos eram como os outros felinos: eles não tinham as listras pretas no rosto que parecem caminho de lágrimas.

Havia, na África, um guepardo fêmea que faria de tudo para cuidar de seus filhotes. Assim como qualquer outro guepardo, esta saia para caçar para conseguir comida e impedir que seus filhotes, assim como ela, morressem de fome. A grande aposta da vida de toda mãe-guepardo é ter que deixar seus filhotes sozinhos para caçar, já que toda mãe-guepardo é solteira e não tem um parceiro para cuidar das crias. E, por causa de ataques constantes de predadores, com o tempo só lhe restou um filhote.

Eis que, um dia, um caçador entrou na savana africana. Neste momento, a mãe-guepardo havia saído para buscar comida para seu filhote. Após um tempo, ao voltar exausta e sem êxito de sua caçada, a mãe-guepardo deparou-se com a terrível cena do caçador levando embora seu único filhote vivo. Desesperada, ela correu atrás do carro do caçador. Sua incrível velocidade dava a ela a chance de alcançá-lo. Infelizmente, apesar de tanto correr, ela já estava exausta de sua caçada e seu filhote foi arrancado de sua proteção.

Mergulhada em tristeza e angústia, esta pobre mãe-guepardo chorou por vários dias e várias noites, lamentando-se pela perda de seu filhote. De tanto chorar, as lágrimas escureceram o caminho por onde descia e, desde então, os guepardos passaram a nascer com elas, como um lembrança eterna da dor e da tristeza inconsolável que sentiu aquela pobre mãe.

sábado, 12 de setembro de 2015

Gato Negro


Diz a lenda que gatos pretos são, na verdade, bruxas que foram amaldiçoadas ou punidas pela natureza e transformadas em gatos. Além disso, como muitos já devem ter ouvido falar, acredita-se que cruzar com um gato preto é sinal de azar. Também há quem diga que é ao contrário, que cruzar com um gato preto é sinal de azar.

Na Pérsia Antiga, acreditava-se que, ao maltratar um gato preto, corria-se o risco de estar maltratando um espírito amigo, criado especialmente para servir de companhia ao ser humano durante a sua passagem pela Terra.

Por causa de mitos e lendas sobre coisas ruins relacionadas aos gatos pretos, o Papa Inocêncio VIII condenou os gatos como seres malignos e, neste mesmo ano, centenas de gatos foram mortos, queimados em praça pública. A consequência disso foi uma infestação de ratos que ocasionou doenças e várias mortes humanas. Será que matar um gato dá mesmo azar?

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

A Serpente e o Santo - Hindu


Contam as tradições populares da Índia que existia uma serpente venenosa em certo campo. Ninguém se aventurava a passar por lá, receando-lhe o assalto.

Mas um santo homem, a serviço de Deus, buscou a região, mais confiado no Senhor que em si mesmo. A serpente o atacou, desrespeitosa. Ele dominou-a, porém, com o olhar sereno, e falou:

- Minha irmã, é da lei que não façamos mal a ninguém.

A víbora recolheu-se envergonhada. Continuou o sábio o seu caminho e a serpente modificou-se completamente. Procurou os lugares habitados pelo homem, como desejosa de reparar os antigos crimes. Mostrou-se integralmente pacífica, mas, desde então, começaram a abusar dela.

Quando lhe identificaram a submissão absoluta, homens, mulheres e crianças davam-lhe pedradas. A infeliz recolheu-se à toca, desalentada. Vivia aflita, medrosa, desanimada. Eis, porém, que o santo voltou pelo mesmo caminho e deliberou visitá-la.

Espantou-se, observando tamanha ruína. A serpente contou-lhe, então, a história amargurada. Desejava ser boa, afável e carinhosa, mas as criaturas perseguiam-na e apedrejavam-na.

O sábio pensou, pensou e respondeu após ouvi-la:

- Mas, minha irmã, houve engano de tua parte. Aconselhei-te a não morderes ninguém, a não praticares o assassínio e a perseguição, mas não te disse que evitasses de assustar os maus. Não ataques as criaturas de Deus, nossas irmãs no mesmo caminho da vida, mas defende a tua cooperação na obra do Senhor. Não mordas, nem firas, mas é preciso manter o perverso à distância, mostrando-lhe os teus dentes e emitindo os teus silvos.

Bruxas em Tinalhas


As pessoas mais idosas de Tinalhas contam por vezes, que nos seus tempos havia bruxas, as quais saíam de casa entre a meia noite e a uma da madrugada. Encontravam-se nos cruzamentos onde dançavam nuas (mas ninguém as via, pois eram invisíveis e não se conheciam umas às outras). 
Se desse a badalada da uma hora no relógio da torre e elas não estivessem já em casa, já não podiam ficar na rua sem serem vistas nuas.

Conta a lenda que uma vez houve uma que deixou que batesse a uma hora sem ir para casa, foi apanhada por um homem, toda nua que a reconheceu e viu que era sua tia.
Também uma mulher, certa noite estando na cama, sentiu um grande peso em cima de si e sentiu-se atafegada, mas não conseguiu gritar nem sequer falar. Então pensou para consigo credo e ao proferir silenciosamente esta palavra começou a sentir o peso diminuir e a sentir-se menos sufocada. Benzeu-se muitas vezes e meteu-se debaixo dos cobertores sem voltar a ser importunada por nada semelhante. 

Outro dos episódios das bruxas, foi o de um homem que saiu de casa à meia-noite e encontrou uma galinha que a cada pancada que se lhe dava, cantava. “Era uma bruxa”, disse o homem. 

Conta-se ainda que já há muitos anos uma mulher que fora cozer o seu pão no forno do povo, à uma hora menos cinco minutos saiu do forno com o tabuleiro de pão á cabeça, quando viu um cavalo a correr atrás dela e muito aflito fugiu para um balcão de pedra que ali se encontrava. O cavalo foi atrás dela mas assim que soou a badalada da uma da manhã o cavalo desapareceu misteriosamente.

A Chorona


Diz a lenda que, há muitos anos, a Chorona (muito conhecida por La Llorona) foi para Xochimilco com seus dois filhos: Ollin e Tonatiuh. Era mãe solteira, trabalhava duro vendendo as flores que ela cultivava em sua chinampa. Graças a sua generosidade e camaradagem, ela ganhou a simpatia de todo o povoado e sua chinampa logo começou a dar frutos. 

Mas, infelizmente, em uma má noite, tudo mudou. Por um descuido, a casa de Yoltzin pegou fogo quando ela voltava de um dia de trabalho. Desesperada, Yoltzin tentou apagar o fogo, mas ela não reparou que a balsa onde estavam seus filhos ficou à deriva. Quando notou a sua ausência, já era tarde demais. Eles sumiram sem deixar rastros. Yoltzin e todo o povoado os procuraram durante vários dias. No fim, alguém achou as crianças do lado do canal: estavam mortas. 

Yoltzin enlouqueceu de dor. Ela não conseguiu aceitar a morte de seus filhos. Com o coração destroçado e cheio de dor, Yoltzin não conseguiu resistir e foi se apagando lentamente entre choros e lamentos. 

Durante muitos anos, o povoado estava triste e sofrendo. Mas, quando a história de Yoltzin estava ficando esquecida, começaram a se ouvir lamentos no meio da noite. Dizem que a Chorona é a bela Yoltzin que vagueia pela vila a procura de seus filhos. Ela busca vingança pegando crianças que não são suas. Nunca encontrará a paz que tanto anseia a menos que encontre seus filhos a muito perdidos.

A Criação da Mulher e do Amor - Hindu



Diz a lenda que o Senhor, após criar o homem e não tendo nada sólido para construir, fez a Mulher. Tomou um punhado de ingredientes delicados e contraditórios, tais como: timidez e ousadia, ciúme e ternura, paixão e ódio, paciência e ansiedade, alegria e tristeza. E, assim, fez a Mulher e a entregou ao homem como sua companheira. Após uma semana, o homem voltou e disse:

- Senhor, a criatura que me destes faz a minha vida infeliz. Ela fala sem parar e me atormenta de tal maneira que nem tenho tempo para descansar. Ela insiste em que lhe dê atenção o dia inteiro e, assim, as minhas horas são desperdiçadas. Ela chora por qualquer motivo e fica facilmente emburrada e, às vezes, fica muito tempo ociosa. Vim devolvê-la porque não posso viver com ela.

Depois de uma semana, o homem voltou ao Criador e disse:

- Senhor, minha vida é tão vazia desde que eu trouxe aquela criatura de volta! Eu sempre penso nela, em como ela dançava e cantava, como era graciosa, como me olhava, como conversava comigo e como se achegava à mim. Ela era agradável de se ver e de acariciar. Eu gostava de ouvi-la rir. Por favor, me dê ela de volta.

- Está bem - disse o Criador. E a devolveu.

Mas, três dias depois, o homem voltou e disse:

- Senhor, eu não sei. Eu não consigo explicar, mas, depois de toda esta minha experiência com esta criatura, cheguei à conclusão que ela me causa mais problemas do que prazer. Peço-lhe, tomá-la de novo! Não consigo viver com ela!

O Criador respondeu:

- Mas também não sabe viver sem ela.

E virou as costas para o homem e continuou seu trabalho.
O homem desesperado disse:

- Como é que eu vou fazer? Não consigo viver com ela e não consigo viver sem ela.

E arrematou o Criador:

- Achei que, com as tentativas, você já tivesse descoberto. Amor é um sentimento a ser aprendido. É tensão e satisfação. É desejo e hostilidade. É alegria e dor. Um não existe sem o outro. A felicidade é apenas uma parte integrante do amor. Isto é o que deve ser aprendido. O sofrimento também pertence ao amor. Este é o grande mistério do amor, a sua própria beleza é o seu próprio fardo.

Em todo o esforço que se realiza para o aprendizado do amor é preciso considerar sempre a doação e o sacrifício ao lado da satisfação e da alegria.

A pessoa terá sempre que abdicar de alguma coisa para ganhar outra.

É como plantar uma árvore frente a uma janela...

Ganha-se sombra, mas perde-se uma parte da paisagem. É preciso considerar tudo isso, quando nos dispomos a aprender a amar.

Rio Estige


O Rio Estige é um dos rios do Tártaro. É por ele que passa a barca do Caronte para levar os mortos para o além. Nele, os mortos se aglomeram ao barco de Caronte para que este os leve para o além, mas o barqueiro severo apenas leva quem é de sua preferência.

Uma promessa feita ao Rio Estige é o voto mais sagrado que pode ser feito. Nem mesmo os deuses ousam quebrar uma promessa perante esse rio. Há o caso, por exemplo, de Semele. Era ela uma das amantes de Zeus, então Hera, para se vingar pela traição, transformou-se em uma de suas servas e a induziu a pedir a Zeus para fazer uma promessa a ela pelo Rio Estige, como prova de seu amor. Semele o fez e, após Zeus jurar ao Rio Estige, Semele pediu para ver sua forma real. Zeus não teve escolha e mostrou a Semele sua verdadeira forma, o que a matou. Isso prova o quanto a promessa ao rio é importante.

O Estige também é conhecido como o Rio da Invulnerabilidade. Dizem que quem mergulha em suas águas torna-se imortal. Assim como foi no caso de Tétis, que mergulhou seu filho Aquiles no rio, segurando-o pelo calcanhar (a única parte que não foi tocada pelas águas do rio). Daí surgiu o calcanhar de Aquiles, o motivo de sua morte na Guerra de Tróia.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Caronte


Caronte é o barqueiro dos mortos. Ele é o responsável por levar, sobre as águas dos rios Estige e Aqueronte, os mortos para o além. Caronte recebeu esta missão após tentar roubar a caixa de pandora e ser apanhado pelo próprio Zeus. Ele foi mandado para o Érebo, onde deveria cumprir sua tarefa.

À princípio, Caronte levava as almas com a ajuda de seu irmão: Corante. Cada um usava um dos remos do barco. Eram necessárias duas moedas de prata, uma para cada um deles e, quando uma gorjeta aparecesse, ela deveria ser dividida entre eles. Porém, Corante estava percebendo que as gorjetas pareciam diminuir cada vez mais, até perceber que estava sendo roubado por seu irmão Caronte. Os dois brigaram por longos 13 meses (cada mês de 28 dias), até que, no 365º dia, Caronte matou seu irmão afogado nas águas do rio.  sangue de seu irmão espalhou-se e tingiu todo o rio de vermelho.

Durante o ano de brigas entre Caronte e Corante, os mortos andaram sobre a Terra, pois não havia ninguém para levá-los para o "outro lado".

 Dizem que para ir no barco, deve-se pagar uma moeda de prata. Ela deve ser posta na boca do defunto, debaixo da língua, nunca nos olhos. Dizem também que, se alguém não leva consigo a moeda de prata, deve ficar vagando por mil anos sobre as margens dos rios até, enfim, poder ir ao mundo dos mortos.

Alguns mitólogos dizem que Caronte usava uma máscara para esconder seu verdadeiro rosto, pois este era tão macabro que poderia assustar os recém-mortos e fazer com que estes não quisessem entrar no barco. Também diz-se que Caronte recebia em seu barco tantas pessoas mortas quanto as folhas que caíam no outono.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Anubis


Anubis é um deus da mitologia egípcia. Ele está relacionado com a morte. É conhecido como "aquele que está sobre a sua montanha" ou "aquele que está no local do embalçamento". Mostrando assim que acreditava-se que Anubis era o deus dos mortos. Estava sempre presente nos funerais dos faraós, ou mesmo de qualquer um que tenha vindo a falecer. Anubis era o protetor dos mortos e de suas tumbas.

Os egípcios acreditavam que, no julgamento de alguém, era pesado seu coração com a pena da verdade. Caso o coração fosse mais pesado que a pena, o defunto seria comido por Ammit (um demônio que tinha o corpo composto por partes de leão, hipopótamo e crocodilo). Mas, caso o coração fosse mais leve que a pena, a alma teria o direito de ir ao paraíso ou voltar a um corpo humano. A pena da verdade pertencia a consorte de Anubis: Maat (que era a deusa da verdade). 

Anubis era conhecido por guiar os mortos pelo "outro lado".

A Vitória-Régia


Reza a lenda que, há muito tempo, a deusa lua, Jaci, carregava as mulheres virgens das tribos indígenas e as transformava em estrelas, pendurando-as no firmamento. Um dia, uma índia chamada Naiá apaixonou-se pela lua. Ela queria ser levada pela lua. Queria ser transformada em uma das estrelas do céu. Seu sonho por isso era tão grande que tornou-se obsessão. Naiá já não comia nem bebia nada, apenas esperava a noite e perseguia incessantemente a lua, querendo ser levada por ela.

Certa noite, Naiá parou frente a um lago e, em suas águas, avistou o reflexo da sua tão amada lua. Acreditou ela que a deusa Jaci havia descido para banhar-se. Num ato de desespero, Naiá lançou-se nas águas em busca de seu sonho, mas, frustrada, afogou-se nas águas daquele lago. Jaci, comovida com o sacrifício de Naiá, resolveu torná-la uma estrela, mas uma estrela diferente. Jaci a transformou em uma "estrela das águas", a conhecida planta vitória-régia. E, por causa disso, a vitória-régia só desabrocha à noite.

O Slender Man


O Slender Man é uma criatura que causa curiosidade e terror para várias pessoas que conhecem ou relatam sua lenda. Seu nome pode significar "homem esquio" (magro). As pessoas o descrevem como um homem alto, extremamente magro, com braços e pernas bem longos sempre usando um terno preto e muitas pessoas afirmam que ele não tem face. Dizem que ele pode esticar seus membros, chegando a tamanhos desumanos, o que hipnotizava suas vítimas, sem que elas pudessem fugir. Além disso, ele pode esticar seus dedos de foma que fazem-nos parecer tentáculos. Ele gosta de florestas escuras e lugares com neblina, onde possa se esconder. É conhecido por raptar crianças. Quando alguém diz ter visto o Slender Man, nos dias seguintes crianças começam a desaparecer. A maioria dos relatos de pessoas que afirmam terem visto o Slender, dizem que foi visto perto de rios e florestas. Porém, ele também foi visto observando pessoas em corredores e quartos de casas de pessoas que deixam as janelas abertas.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

O Rake


O Rake é uma criatura conhecida pelo hábito estranho de observar as pessoas enquanto elas dormem. Como aparência, parece ter uma pele cinza, tendo o tronco do corpo deformado, olhos grande e vazios, feições de cachorro no rosto e sem cabelo algum na cabeça. Há relatos de pessoas de diferentes lugares do mundo, em épocas diferentes do mundo, pessoas que nunca chegaram a se conhecer, afirmavam terem visto uma criatura com as mesmas características. O mais estranho é que todas elas deram à criatura o mesmo nome: Rake.

Dizem que há um escolhido o qual a criatura resolve observar durante as noites de sono. Esta pessoa passa a sentir uma sensação agonizante de estar sendo observada durante a noite, o que aumenta o pavor e diminui o sono. Mas nada acontece de mal à pessoa que está sendo observada por ele... a não ser que você acorde no meio da noite. Não precisam ser acordadas consecutivas, uma pode acontecer hoje, outra na semana que vem...

Na primeira noite, ao acordar, a pessoa vai ver duas bolas brilhando ar. São os enormes olhos do Rake brilhando no escuro. O medo e agonia vão tomar conta da pessoa.

Na segunda noite, ao acordar, a pessoa conseguirá ver o formato do corpo do Rake sentado à beira de sua cama. Ele estará de costas e sussurrará algo, mas a pessoa não conseguirá entender.

Na terceira noite, ao acordar, o Rake estará lá, de costas, e virará o rosto dele para a pessoa, olhando no fundo dos olhos dela com uma expressão vazia.

Na quarta noite, se a pessoa acordar novamente no meio da noite... o Rake a mata.

Algumas pessoas não aguentam o desespero e a agonia e acabam por se matar. Há também o caso de um homem que se matou e deixou uma carta, na qual especificava que o motivo de seu suicídio foi por culpa do Rake.

A Maldição do Sol e da Lua - Diários de um Vampiro


Há muito tempo, vampiros e lobisomens andavam livres por aí, espalhando caos por onde passavam. Mas, um dia, um antigo Xamã lançou nessas criaturas sobrenaturais uma maldição. Essa maldição ficou conhecida como a Maldição do Sol e da Lua. A maldição fez dos vampiros escravos do sol e dos lobisomens servos da lua. A partir de então, os vampiros passaram a se queimar à luz do sol e os lobisomens só se transformariam à lua cheia. O feitiço da maldição foi selado dentro de uma pedra da lua (imagem). Caso a maldição fosse quebrada pelos vampiros, os lobisomens seriam servos da lua para sempre, da mesma forma que se fosse quebrada pelos lobisomens, os vampiros queimariam ao sol para sempre.

O Fantasma do Pico da Donzela - Pokémon


Ela amava um jovem corajoso e belo, mas ele a deixou para ir lutar numa guerra.
- Eu te esperarei para sempre. Volte para mim... Adeus!
E ela esperou por muito tempo para ver o navio dele no horizonte, mas seu verdadeiro amor jamais voltou para aquele lugar. Mas ela esperou, sem jamais sair do lugar. Até que, finalmente, seu corpo transformou-se em uma pedra, como o penhasco onde ela estava. Até hoje ela espera seu amor voltar.

Tártaro


O Tártaro é território de Hades. Acredita-se que as almas das más pessoas eram enviadas para o Tártaro para agonizarem no tormento eterno. Sede, fome, dor, sofrimento. Tudo isso constante, incessável, para sempre! No Tártaro também é onde estão aprisionados os Titãs, como Chronos. Todos aprisionados por Zeus e seus irmãos. Assemelha-se bastante ao inferno cristão. Tisífone (a fúria que representava a vingança) é a vigilante deste lugar, nunca dormindo, sempre alerta, chicoteando sem parar todos os condenados. Por entre o Tártaro, um rio de fogo e sangue corre: o Rio Flegetonte.

Campos Elísios


O Campos Elísios, segundo a Mitologia Grega, é um lugar dos mortos que é governado por Hades. É um lugar onde os homens virtuosos repousavam dignamente após a morte. Um lugar florido e cheio de paisagens lindas de encherem os olhos, onde eles dançavam, cantavam, se divertiam. Sem preocupação alguma. Algumas pessoas acreditam que o Campos Elísios fica ao lado do Tártaro, separados por um imenso muro. Também dizem que o mal e cruel Chronos habita o Tártaro, perto do Campos Elísios, mas que nunca entra nem machuca ninguém que no paraíso esteja.

Rio Mnemosine


Algumas religiões esotéricas acreditam que, ao oposto do Rio Lete, havia um rio chamado Mnemosine. O rio se localizaria nas regiões governadas por Hades, também nas redondezas dos Campos Elísios. Quem bebesse ou, ao menos, tocasse em suas águas, recuperaria a memória (caso tivesse perdido-a). Também dizem que quem bebesse muito das águas do Rio Mnemosine alcançaria a onisciência.

Rio Lete


O Rio Lete era um rio da Mitologia Grega que ficava nas terras governadas por Hades. Ele era conhecido como o rio do esquecimento. Provavelmente, ficava próximo aos Campos Elísios. Acreditava-se que, ao beber ou simplesmente tocar em suas águas, perdia-se completamente a memória. Mergulhava-se no esquecimento. Acreditava-se que, para reencarnar, uma alma precisava beber das águas desse rio para esquecer de tudo da sua vida passada. Também dizem que, antes de entrar nos Campos Elísios, devia-se esquecer, por meio do rio, todas as coisas ruins que se aprendera na vida passada.

O conto dos três irmãos (Relíquias da Morte) - Harry Potter


Era uma vez, três irmãos, que estavam viajando por uma estrada deserta e tortuosa, ao anoitecer. Depois de um tempo, os irmãos chegaram a um rio muito perigoso para atravessar. Os irmãos, porém, eram versados em magia. Os três irmãos, simplesmente, balançaram suas varinhas e fizeram uma ponte. Antes que pudessem atravessar a ponte, tiveram o caminho bloqueado por uma figura encapuzada: era a morte. Ela se sentiu traída. Traída porque o normal seria que os viajantes se afogassem no rio. Mas a Morte era perspicaz. Ela fingiu parabenizar os três irmãos por sua magia e disse que cada um ganharia um prêmio por ter sido inteligente o bastante para evitá-la. O mais velho pediu a varinha mais poderosa que existisse e a morte lhe deu uma varinha feita da árvore de sabugueiro. O segundo irmão resolveu humilhar a morte ainda mais e pediu o poder de ressuscitar os entes já falecidos, então a morte apanhou uma pedra da margem do rio e a entregou a ele. Finalmente, a morte perguntou ao terceiro irmão: um homem humilde. Ele pediu algo que lhe permitisse sair daquele lugar sem ser seguido pela morte. E a morte, de má vontade, lhe entregou sua própria capa da invisibilidade. 

O primeiro irmão foi para uma aldeia distante. Onde, com a varinha de sabugueiro na mão, assassinou um bruxo que não teve nem a oportunidade de lutar. Tomado pelo poder que a varinha das varinhas havia lhe dado, ele seguiu para uma estalagem, onde se gabou por sua invencibilidade. Mas, naquela noite, um outro bruxo roubou a varinha. E, por segurança, cortou a garganta do mais velho dos irmãos. E, assim, a morte levou o primeiro irmão.

Enquanto isso, o segundo irmão viajou para casa, onde pegou a pedra e virou-a três vezes na mão. Para sua alegria, a moça que um dia desejara desposar antes de sua morte precoce apareceu diante dele. Contudo, ela estava triste e fria. Não pertencia mais ao mundo dos mortais. Enlouquecido pelo desesperado desejo, o segundo irmão se matou para poder unir-se a ela. Assim, a morte levou o segundo irmão.

Já o terceiro irmão, a morte procurou por muitos anos, mas jamais conseguiu encontrá-lo. Somente quando atingiu uma idade avançada, foi que o irmão mais novo despiu a capa da invisibilidade e deu-a para seu filho. Ele acolheu a morte como uma velha amiga e a acompanhou de bom grado. E, como iguais, partiram dessa vida.


A varinha de sabugueiro, a pedra da ressurreição e a capa da invisibilidade. Juntas, elas formam as relíquias da morte.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Filtro dos Sonhos


Por muito tempo (e até hoje em dia mesmo), pessoas acreditavam que se colocassem um filtro dos sonhos na porta de seus quartos, ele filtraria os sonhos. Os bons sonhos, quando se aproximassem do quarto, passariam pelo filtro dos sonhos sem problema algum, porém, os maus sonhos não conseguiriam fazer isso. Quando os maus sonhos passassem pelo filtro dos sonhos, esse ficaria preso em suas teias, sem conseguir entrar no quarto. Na manhã seguinte, ao primeiro brilho da luz do sol, os sonhos ruins, presos na teia do filtro dos sonhos, evaporariam e deixariam de existir.