quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Teke Teke


Não se sabe o nome da assombração nem muitas informações a seu respeito. Tudo o que se tem conhecimento é que uma simpática moça caiu nos trilhos do metrô (ou pulou, existem várias versões) e foi cortada pela metade pelo trem. Porém, ela nunca se livrou da mágoa e raiva que sentiu por isso.

Então, mesmo sem as pernas, ela move o seu tronco rapidamente pelas ruas à procura de vingança. Se você for azarado o suficiente, ela pode cortá-lo ao meio com uma foice que arrasta consigo. “Teke teke teke” é o som que ela faz ao mover-se usando apenas os seus cotovelos.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Os Leões de Tsavo


o final do século XIX, mais especificamente em março de 1898, ingleses iniciaram a construção de uma ferrovia sobre o rio Tsavo, no Quênia. O engenheiro coronel John Henry Patterson (1865 - 1947) foi contratado para liderar a construção.A construção parecia que seria tranquila, mas, após a chegada do engenheiro, uma série de mortes se iniciaram na região. Os responsáveis pelas mortes eram dois leões, os quais foram chamados de Sombra e Escuridão.

Durante aproximadamente 9 meses, quase todas as noites, homens eram arrastados de suas tendas e devorados de forma feroz pelos leões de Tsavo. Não demorou para o pânico se instaurar na região. Os trabalhadores tentaram se proteger dos ataques dos leões de várias formas, que incluíram a construção  de cercas de espinho ao redor do acampamento e grandes fogueiras para espantar os bichos. O toque de recolher era bastante rigoroso. Mas, ainda assim, os ataques não cessaram e as obras tiveram que ser suspensas, pois os trabalhadores passaram a abandonar o trabalho com medo de acabar sendo a próxima vítima dos leões de Tsavo.

Os trabalhadores da obra que presenciaram os ataques dos felinos testemunharam que os leões eram espécies de demônios. Isso se deve ao comportamento dos animais, que atacavam sempre com uma estratégia e de forma coordenada. Estima-se que, durante os nove meses, os leões de Tsavo teriam atacado e matado aproximadamente 140 pessoas. Contudo, registros históricos sugerem que apenas 30 mortes estavam envolvidas com os animais.

O coronel Patterson considerou uma questão de honra capturar e matar os leões que lhe causaram tantos problemas. Como ele era um caçador experiente, iniciou a caçada e, meses depois, conseguiu matar o primeiro leão, mais precisamente no dia 9 de Dezembro de 1898. O segundo leão foi morto 20 dias depois. Ambos os leões eram machos, sem juba e anormalmente grandes quando comparados com os outros. Patterson foi aclamado como herói após a morte dos animais e as obras puderam ser retomadas. A construção foi concluída em 1899.

Sombra e Escuridão estão empalhados na exposição permanente no Museu Field de História Natural, em Chicago (imagem acima).

Halloween


O Halloween (também conhecido como Dia das Bruxas) é uma celebração que ocorre todos os anos em vários países do mundo. Hoje em dia ele não tem muita semelhança com as festas que deram origem ao feriado. Pessoas saem de suas casas fantasiadas das mais diversas criaturas. Mas muito mais que uma simples festa à fantasia, o Halloween é uma celebração aos mortos.

Muitos são os que dizem que o Halloween não é comemorado no dia 31 de Outubro por acaso. Acredita-se que é nesse dia em que o manto entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos fica mais frágil. Dizem que é o dia do ano em que mais ocorrem aparições de espíritos. Há quem diga que nesse dia, os espíritos costumam voltar para visitar seus antigos lares e seus amigos e familiares ainda vivos.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Cabeça de Vaca


Reza a lenda que, certo dia, durante uma excursão escolar, já dentro do ônibus de viagem, um professor começou a contar histórias de terror para entreter os seus alunos. Todos ouviam atentamente, sem interrompê-lo. Porém, quando ele começou a contar uma história chamada “Cabeça de Vaca”, os estudantes dispararam a gritar, implorando para que o professor parasse. Mas o professor estava em uma espécie de transe e não conseguiu parar de contar a história. Quando ele voltou a si, tanto o motorista do ônibus como todos os alunos desmaiaram e espumavam pela boca. Não se sabe o conteúdo dessa história, mas alguns alunos não conseguiam parar de suar e ter calafrios e morreram alguns dias depois, bem como o professor e o motorista.

Leviatã


O Leviatã é uma criatura que teve várias interpretações ao longo da história. Geralmente, é visto como uma criatura de grandes proporções, com aspecto de monstro marinho, ou crocodilo, ou a mistura de outros animais. Durante a Idade Média, a Igreja Católica o considerou como a representação do quinto pecado capital: a inveja. Também foi tratado como um dos sete príncipes infernais. E o livro de Jó o apresenta como o pior dos monstros marinhos.

Num diálogo entre Deus e Jó, o próprio Deus disse: "ninguém é bastante ousado para provocá-lo; quem o resistiria face a face? Quem pôde afrontá-lo e sair com vida debaixo de toda a extensão do céu? Quem lhe abriu os dois batentes da goela, em que seus dentes fazem reinar o terror? Quando se levanta, tremem as ondas do mar, as vagas do mar se afastam. Se uma espada o toca, ela não resiste, nem a lança, nem a azagaia, nem o dardo. O ferro para ele é palha, o bronze pau podre".

Squonk


O Squonk é uma criatura lendária e dizem que ele habita as florestas de Tsuga, a norte da Pennsylvania. A lenda diz que o Squonk é provavelmente a criatura mais feia que existe. Devido a suas deformidades, ele passa a vida escondendo-se de todos os outros seres vivos que existem para que não vejam o quão feio ele é. Além disso, ele é triste e solitário. Passa sua vida inteira chorando. Há quem diga que seja uma espécie de animal não catalogada ainda, muitas pessoas dizem já ter visto um. Caçadores o buscam frequentemente e dizem que não é tão difícil encontrá-lo, já que ele deixa um rastro de lágrimas por onde vai. Porém, se o Squonk é encurralado, ele se dissolve nas próprias lágrimas, desaparecendo. Ninguém sabe ao certo qual é a aparência do Squonk e, por ser tão feio, ninguém que tenha visto consegue descrevê-lo corretamente.

sábado, 1 de outubro de 2016

Loira do Banheiro


A Loira do Banheiro é uma lenda bastante conhecida no Brasil. Ela conta a história de uma garota de colegial que costumava matar aula sempre que podia. Ela costumava ir ao banheiro ficar lá passando o tempo para não ter que aguentar assistir às aulas que achava tão chatas. Além disso, há quem diga que ela era uma garota muito vaidosa, sempre preocupada com a beleza.

Eis que, um dia, ela estava no banheiro, como sempre, matando aula, quando, de repente, por descuido, escorregou e bateu a cabeça na porcelana de uma das privadas, vindo a falecer com o golpe. E, então, ela se tornou a Loira do Banheiro. Um espírito inquieto, sem paz, que tortura e mata pessoas.

Para invocá-la, deve-se estar dentro de um banheiro e seguir o ritual de dar descarga três vezes e chamar o nome dela três vezes também. Dizem que, além de matar quem a invocou, ela passa a assombrar o banheiro em que foi invocada. E, invocada numa escola, ela passa a matar qualquer aluno que esteja no banheiro só para matar aula.

A lenda da Loira do Banheiro teve origem da lenda da Blood Mary, mas, ao contrário da lenda da Blood Mary, a lenda da Loira do Banheiro não ensina nenhuma forma de mandá-la embora.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Siobhan McDougal - Smallville


Siobhan McDougal é uma supervilã do Universo DC Comics. Ela teve seu direito real de se tornar rainha tomado e foi morta pelo mesmo homem que o tomou. Segundo a lenda, Siobhan se sentiu tão privada de sua vida na terra que ela quis retornar dos mortos e viver novamente. Ela realizou seu desejo, mas teve um preço: já que ela foi traída por um homem, foi amaldiçoada a matar os homens que cruzassem o seu caminho.

Depois que Siobhan foi morta, sua alma foi enviada ao submundo, onde ela obteve grandes poderes: uma força descomunal e a habilidade de matar qualquer homem que ouvir seu lamento. Aldeões supersticiosos também deram um novo nome para ela: Banshee Prateada (mais conhecida assim atualmente).

Lendas falam de um portal, através do qual seu espírito poderia voltar a este mundo. Uma relíquia criada à imagem de Siobhan. Mas, após várias mortes na aldeia, o homem que a matou temeu ser a próxima vítima da Banshee prateada, então ele realizou um ritual escocês antigo e cobriu a relíquia com o sangue de Siobhan, fechando o portal.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

O Tesouro do Holandês


Existe, na Barra do Cunhaú, rondando próximo aonde teria sido o Fortim da Barra, a alma penada de um comandante holandês que vaga à procura de salvação. Teria ele sido cruel na tomada do Fortim, sendo responsável pela degolação de muitos inocentes. Quando saía da Barra, para tomar o rumo do mar, seu barco naufragou. Ele, no desespero de perder tudo quanto tinha saqueado, resolveu juntar os objetos de maior valor e se jogar ao mar.

Ao nadar em direção à praia, o comandante holandês foi ficando cada vez mais fraco e os objetos caíam de suas mãos, um a um. O último lhe caiu da mão a poucos metros da areia e, pouco depois, seu corpo foi jogado para fora da água. Vivendo como um zumbi, estaria condenado a não entrar na água até devolver o que roubou. Depois disto, poderia voltar ao seu navio e descansar em paz. Desde então, ele oferece o tesouro para se redimir dos pecados. Porém, sua oferta só pode ser feita a mulheres, pois os homens não o vêem, nem o escutam.

Ao abordar as mulheres, ele mostra seu tesouro e pede que elas façam segredo do caso por três dias. As moças, descuidadas, sempre deixam escapar o que viram e o holandês continua sua penúria. Nas noites de céu limpo e água clara, uma trilha de objetos brilhantes é vista na “boca da barra”. É “o tesouro do holandês” ou “a corrente de ouro do pontal” que o mar guarda e o holandês vigia, sempre imóvel e de pé com os olhos fixos na água.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Unicórnio


Unicórnio, também conhecido como Licórnio ou Licorne, é uma criatura mitológica com o corpo de um cavalo, geralmente de pelagem branca, e que possui um grande chifre em espiral no topo de sua cabeça. Sua imagem está associada à pureza e à força. Segundo as narrativas e contos, os unicórnios são seres dóceis e gentis e seus chifres guardam extraordinários poderes mágicos.

Acredita-se que para caçar um unicórnio com êxito, seria necessário muito mais que apenas coragem e força. Por mais que fossem seres dóceis, também sabiam ser perigosos e intimidadores, impedindo que os caçadores conseguissem se aproximar com facilidade. Porém, se o unicórnio encontrasse uma donzela virgem, ele esqueceria sua ferocidade e deitaria sua cabeça em seu colo, adormecendo. Nessa invulnerabilidade, os caçadores conseguiriam capturá-lo.

Ahmad, viajante muçulmano cujo os escritos eram vistos por todos como confiáveis, alegou ter viajado por diversos lugares por onde se caçavam unicórnios. Ele, inclusive, afirmava ter visto potes feitos com chifres de unicórnio.

Em 1663, perto de uma caverna na Alemanha, foi encontrado o esqueleto de um animal que, especulava-se, seria um unicórnio. A caveira estava intacta com um único chifre no meio, preso com firmeza. Cerca de 100 anos depois, uma ossada semelhante foi encontrada perto da mesma caverna. Os dois esqueletos foram analisados por Gottfried Leibniz, sábio da época e grande cientista (ao nível de Sir Isaac Newton), que declarou que (a partir das evidências encontradas) passara a acreditar na existência de unicórnios.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Edward Mordrake


Edward Mordrake foi um herdeiro de um pariato da Inglaterra do século XIX. Você pode até pensar que a imagem acima é uma mera montagem computadorizada, mas não se engane. Edward nasceu com um raro caso de policefalia. Ele nasceu com uma face a mais, uma face em sua nuca. Apesar de comer nem falar, a face era capaz de rir e de chorar. O caso impressionou o mundo. Mas isso não é tudo.

Edward chegou a implorar a vários médicos cirurgiões que lhe operassem para tirar aquela face de seu corpo, porém nenhum deles concordava em fazer aquilo, pois seria uma cirurgia arriscada. Além de ser algo socialmente rejeitável, o real motivo pelo qual Edward queria retirar sua face é porque ele dizia que ela era demoníaca. Sim. Edward afirmava que a face sussurrava para ele coisas terríveis e inimagináveis que o assombravam. E, como não pôde se livrar delas, aos 23 anos de idade, cometeu suicídio.

Edward haveria pedido para que o rosto de sua nuca fosse retirado de seu corpo e destruída antes de ser enterrado, pois ele acreditava fielmente que aquela face era demoníaca e tinha medo de que ela o assombrasse pela eternidade da morte.

domingo, 14 de agosto de 2016

Os Caranguejos


É muito curioso o que se diz do caranguejo pela expressão de algumas locuções populares: "Perdeu a cabeça por causa de camaradas; não morre enforcado, porque não tem pescoço; e por morrer um caranguejo não se cobre o mangue de luto"; e o povo diz ainda que "o caranguejo só é gordo nos meses que não têm R: maio, junho, julho e agosto". Essas informações são dadas incompletas pelos pescadores, dizendo sempre ter ouvido, quando meninos, muitas estórias de caranguejos esquecidas depois. Alguns pescadores dos mangues contam lendas e superstições sobre os crustáceos.

Uma das lendas diz que os caranguejos são governados por uma espécie de rei, um caranguejo cujo casco mede uns vinte centímetros e tem patas enormes. Chamam-no de garrancho. É um crustáceo esverdeado, misterioso, dificilmente visto. Vive no fundo da lama, num buraco muito profundo, com a entrada escondida. Nenhum pescador de mangue o vê duas vezes na vida. O garrancho só deixa o buraco para sair uma vez por ano, à meia-noite da Sexta-Feira da Paixão. Anda até o primeiro cantar do galo. Volta, mete-se em casa e não há mais quem o enxergue.

Quem conseguir arrancar ao menos uma pata ao garrancho está com a vida garantida, porque nunca mais lhe faltará caranguejo, siri ou goiamum. Basta trazer a pata do garrancho no bolso e riscar com ela na lama do mangue.

Havia um pescador que dizia que era mentira quando se afirmava ter visto o garrancho ou conseguido uma patinha para dar sorte. Ele havia prendido um, enorme na gamboa da Garatuba Grande, amarrara-o com uma embira num galho de mangue e ao voltar encontrara o cipó intacto, com o mesmo nó e do garrancho nem rasto. Este é o crustáceo que tem a figura de uma moça encantada no casco, muito mais nítida e perfeita que seus vassalos. E tem também a cruz, bem clara. Por isso sai no dia em que a cruz se ergueu com o Salvador. Essa tradição do caranguejo com uma cruz, tem registo velho e área geográfica de crendice bem longe dos mangues do Rio Grande do Norte. São Francisco Xavier atirou ao mar, perto das Molucas, na Oceania, seu crucifixo para acalmar uma tempestade. Um caranguejo susteve o crucifixo no casco e entregou a relíquia ao santo, quando este desceu na primeira praia. Como lembrança ficou uma cicatriz cruciforme no casco.

No dia do Domingo de Ramos, na Semana Santa, há uma Procissão de Caranguejos. Dizem que os caranguejos faziam, igualmente, sua procissão de Ramos. À noite desse domingo, saíam de patas erguidas, sustendo raminhos de mangue.

Kappa


O Kappa é uma criatura do folclore japonês. É conhecido como o demônio das águas japonesas. Vive em rios, lagos e lagoas e tem a aparência de um anfíbio ou peixe, com a pele cheia de escamas, as costas de uma tartaruga e o rosto semelhante ao de um macaco. A característica mais marcante dessa criatura é uma depressão em forma de pires em sua cabeça, na qual ele põe água quando está em terra firme, para concentrar seus poderes sobrenaturais. Em sua forma adulta, ele tem o tamanho de uma criança de dez anos.

O Kappa é visto como uma criatura mal-intencionada e costuma se alimentar do corpo e do sangue de suas vítimas. Inclusive, acredita-se que ele adora a carne humana, especialmente o fígado. Então, ele sai da água para caçar suas presas. Porém, dizem também que o Kappa não é de todo o mal. Apesar de ser mal-intencionado, eles também são inteligentes e honrados. Dizem que foi um Kappa que ensinou o ser humano a tratar de fratura e ossos quebrados em troca de devolverem a ele seu braço amputado (pois, colocado de volta no lugar, um braço arrancado de um Kappa pode se regenerar em poucos dias e ficar novo em folha).

O Kappa também é retratado como uma criatura que prefere devorar crianças desobedientes. Principalmente, as que se aventuram às margens de rios, lagos e lagoas sem a permissão dos pais. E, quando o Kappa não está caçando suas presas, ele costuma se divertir de alguma forma, pois sua aparência infantil não é por acaso. Ele realmente gosta de se divertir.

Diz-se também que há como evitar o ataque de um Kappa. O alimento preferido de um Kappa é o pepino. Então, se um Kappa estiver prestes a te atacar, basta jogar um pepino para ele e ele se sentirá grato por aquilo. Há pessoas que, até os dias de hoje, jogam pepinos na água com nomes de pessoas grafados neles, pois dizem que quando o Kappa for comer o pepino, ele vai ver o nome da pessoa e vai se sentir na obrigação de nunca atacá-la. Além disso, também há a reverência. Se uma pessoa o cumprimentar várias vezes, curvando a cabeça para isso, o Kappa vai fazer a mesma coisa e vai acabar derramando a água que leva no topo de usa cabeça. Há quem diga que após isso, ele precisa correr de volta para água imediatamente. E há quem diga que, após derramar toda a água, ele morre.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Hypno - Pokémon


Há uma lenda bem sinistra sobre o pokémon Hypno. Diz-se que ele levaria crianças consigo e não as traria de volta nunca mais. Não se sabe para onde ele as leva nem muito menos o que faz com elas. Há quem diga que as sequestra para se alimentar de seus sonhos.

O próprio anime diz que o Hypno é um pokémon do tipo psíquico que tem capacidade de controlar os outros pokémons e até mesmo pessoas através da hipnose. Inclusive, no primeiro episódio em que um Hypno aparece, é justamente o que ele faz. No episódio, as crianças estão desaparecendo até que encontram-nas em transe, cada qual achando ser um pokémon. Tudo obra do Hypno.

Diz-se também que as crianças, ao serem hipnotizadas, conseguiriam ouvir a voz de Hypno.  Ao que tudo indica, a voz diria o seguinte:

- Venha criança, Venha comigo. Seguro e feliz você será. Longe de tudo vamos correr. Com Hypno você tem muito mais diversão. Oh criancinha, por favor, não chore. Hypno não faria mal a uma mosca. Seja livre, seja livre para brincar. Venha comigo para comigo ficar. - que seria uma forma de persuadir a criança a querer ir com ele.

Porém, após decidirem ir com Hypno, as crianças ficariam horrorizadas ao conseguir ouvir uma voz macabra em suas mentes. Uma voz que seria do Hypno. Dessa vez, mostrando sua verdadeira intenção:

- Oh criancinha, por favor, não se contorça. Essas cordas, eu sei, firmes vão lhe segurar. Hypno disse para você que tudo era verdade. Infelizmente, Hypno mentiu para você. Oh criancinha, não posso lhe deixar. Por você, a sua família irá sofrer. Sua mente desvendarei, para que eu possa entrar. Deixando o terror dos seus sonhos lhe assombrar. Mas, certamente, você já deve ter descoberto. É hora de você ir. Criancinha, você não foi inteligente. Agora você vai ficar comigo para sempre.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Hitobashira


Hitobashira significa "pilares humanos" e é uma lenda japonesa relacionada às construções antigas. As pessoas acreditavam que, para que suas construções fossem sempre protegidas e que perdurassem por muitos anos sem se deteriorarem, deveriam fazer sacrifícios.

Os sacrifícios eram simples, porém não deixavam de ser macabros. As pessoas selecionadas para o sacrifício eram seladas dentro dos pilares das construções. Se os deuses gostassem do sacrifício, a construção seria protegida e duraria muitos anos. Porém, a construção também ficaria sempre assombrada pelos espíritos das pessoas sacrificadas.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Lilith

A lenda de Lilith tem várias versões nos diversos lugares do mundo e é uma lenda já bem antiga de um dos seres femininos que mais causa curiosidade nas pessoas.

Mitologia Mesopotâmica


Lilith foi uma deusa adorada na Mesopotâmia associada com ventos e tempestade, que se imaginava serem portadores de enfermidades e morte. Segundo a antiga Mesopotâmia, Lilith se utilizaria das águas como um portal para transitar entre o seu mundo e o nosso. Nessa mitologia, ela também é considerada um demônio feminino da noite.

Mitologia Suméria


Na mitologia suméria, a imagem de Lilith também aparece na categoria de demônios ou espíritos de ventos e tormentas. Na Babilônia, assim como na Suméria, ela, ao mesmo tempo que era cultuada, era identificada com os demônios e espíritos malignos. Seu símbolo era a lua, pois, assim como a lua, era era uma deusa de fases boas e ruins. Alguns estudiosos assimilam ela a deusas da fertilidade, assim como também a deusas cruéis.

Mitologia Grega


Na mitologia grega, Lilith é associada à deusa Hecate, "a mulher escarlate", uma deusa que guarda as portas do inferno (ou tártaro) montada em Cérbero (o cão de três cabeças). A associação se dá devido a Hecate, assim como Lilith, representar, na mitologia grega, a vida noturna e a rebeldia da mulher para com o homem.

Mitologia Bíblica


Segundo alguns mitos cristãos e até mesmo algumas interpretações do livro Gênesis da bíblia, haveria Deus criado uma mulher antes de Eva e essa seria Lilith. Segundo os mitos, Deus teria criado Lilith da mesma forma que criou Adão: do barro. Porém, Adão e Lilith não se deram bem um com o outro. Ela se recusava a ficar sempre por baixo durante a relação sexual. Já Adão dizia que jamais ficaria por baixo, pois Lilith deveria sempre estar abaixo dele, de forma inferior, submissa. Mas Lilith retrucou, pois ambos haviam sido criados da mesma forma, como iguais e como iguais eles teriam que se tratar para poder conviver. Como nenhum lado cedeu, Lilith se cansou de tudo aquilo e saiu do Jardim do Éden. Adão, por sua vez, conversou com Deus, avisando-o que a mulher que ele havia lhe dado havia fugido. Então, Deus mandou três anjos a buscar Lilith: Sanvi, Sansavi e Samangelaf. Porém, quando os anjos insistiram para Lilith regressasse, ela se negou, mesmo sob a ameaça deles afogarem-na se não voltasse com eles. Então, Deus a condenou a perder cem filhos por dia como punição por sua desobediência. Desde então, para proteger os recém-nascidos da influência de Lilith, as pessoas deveriam colocar amuletos com o nome dos três anjos perto de seus filhos.

Diz-se então que, após isso, Lilith juntou-se aos anjos renegados, sendo reconhecida como um demônio. Também acredita-se que ela foi a serpente que ofereceu o fruto proibido a Eva, fazendo com que Adão e Eva fossem expulsos do paraíso. Ela (Lilith) então passou a perseguir os homens, principalmente os adúlteros, crianças e recém-casados.

Com a modernidade, Lilith foi considerada a primeira feminista da história, sendo a primeira mulher a se revelar contra o sistema patriarcal.

Surgimento do Vampirismo


Acredita-se que foi com Lilith que o vampirismo surgiu. Como ela foi amaldiçoada por Deus a perder cem filhos por dia, seus filhos nasciam mortos, porém ressuscitavam como criaturas que foram denominadas de Súcubos, quando mulheres e Íncubos, quando homens. Ou simplesmente Lilims. Eles se alimentavam do ato sexual e de sangue humano.

Os ataques de Lilith tinha sua peculiaridade. Como a aperto esmagador no peito, por vingança de ter que ficar por baixo na relação sexual com Adão. Ela também podia cortar o pênis de um homem com sua vagina. Ao mesmo tempo em que representava a liberdade feminina, Lilith também representava a castração masculina.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Saci


O Saci, também conhecido como Saci-Pererê, Saci-Cererê, Matimpererê, Matita Perê, Saci-Saçurá e Saci-Trique, é uma personagem bastante conhecido do folclore brasileiro. Ele é, geralmente, caracterizado como um negrinho que perdeu uma das pernas lutando capoeira, sempre com um gorro vermelho na cabeça e fumando um cachimbo. Dizem que ele se locomove pulando dentro de um redemoinho, no qual ele tanto aparece quanto desaparece nos lugares. O Saci, ora é visto como um ser maléfico, ora como um ser brincalhão, ora como um ser gracioso.

Muitas pessoas acreditam até hoje que quando alguém perde alguma coisa, foi o Saci quem escondeu e que, só depois de alguns dias, ele vai devolver. Esse tipo de coisa é feita por ele por diversão, pois é muito brincalhão. Ele também costuma azedar os alimentos, fazer o leite derramar mais rápido quando está sendo fervido e por aí vai. Porém, ele tem uma fraqueza. Dizem que se alguém tirar o gorro vermelho que o Saci leva na cabeça, ele perderia seus poderes mágicos e seria obrigado a servir quem pegou seu gorro até recebê-lo de volta.

A função do Saci era o controle, sabedoria, e manuseio de tudo que estivesse relacionado às plantas medicinais, como guardião das sabedorias e técnicas de preparo e uso de chá, beberagens e outros medicamentos feitos a partir de plantas. Como suas habilidades eram da farmacopeia, também era atribuído a ele o domínio das matas onde se encontravam essas ervas sagradas e, se alguém se atrevesse a entrar na mata e coletar de suas ervas sem lhe pedir permissão, ele o castigaria, muitas vezes confundindo as rotas e fazendo a pessoa se perder na mata.

Lobisomem


Um lobisomem, ou licantropo, é um ser humano que pode se transformar parcial ou completamente em um lobo. É uma lenda mundialmente conhecida e que, até hoje, apavora muitas pessoas. Por ser mundialmente conhecida e já ser antiga, é uma lenda com muitas versões.

Para se tornar um lobisomem há diversos meios, se considerarmos todas ou muitas das versões da lenda. Diz-se que a sétima criança numa sequência de filhos do mesmo sexo tornar-se-ia um lobisomem. Outra versão já diz que seria um filho homem nascido após uma sucessão de sete filhas mulheres. Também há quem diga que a licantropia é passada em família. Quando um membro da família que se transforma na aberração morresse, ele passaria a maldição para outro membro (de pai para filho, ou de avô para neto). Outra versão também diz que o sétimo filho de um sétimo filho se tornaria um lobisomem. Também diz-se que a transformação começaria a ocorrer aos 13 anos.

Se uma pessoa pode se transformar em um lobisomem, há sinais facilmente perceptíveis para identificá-la: mudanças de comportamento, jeito misterioso e quase sempre com olheiras. O licantropo, na forma humana, é uma pessoa muito atenta às outras, sempre desconfiando de tudo e de todos. Geralmente, têm medo de que descubram que é uma aberração, porém, em contrapartida, na forma humana, é uma pessoa bastante protetora.

Em algumas regiões, o lobisomem se transforma à meia-noite, às sexta-feiras, numa encruzilhada. Após a transformação, ele sai por aí sedento de sangue, atacando e matando ferozmente qualquer coisa que se mexa. Ao amanhecer, ele volta para a mesma encruzilhada para se transformar de volta em ser humano.

Há também que diga que lobisomens têm preferência por bebês não batizados. Também dizem em alguns lugares que, após a transformação, o lobisomem tem que atravessar sete cemitérios antes do amanhecer para poder voltar à sua forma humana, caso contrário ficará em forma de besta para sempre.

Algumas pessoas acreditam que, para ferir ou mesmo matar um lobisomem, deve-se usar prata. Também há quem diga que o fogo poderia servir também. Pessoas que os associam a demônios também acreditam que crucifixos e água benta poderiam funcionar contra a criatura.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Fada


As fadas são criaturas místicas da natureza que possuem poderes mágicos e, na maioria das vezes, os usam através de varinhas de condão. Elas, geralmente, são como seres humanos, porém possuem asas nas costas (estas se assemelhariam a asas de libélula ou de borboleta). Porém, não é a única forma que se encontra uma fada, pois elas podem mudar de forma, usando magia para isso. Inclusive, as fadas podem se tornar visíveis ou invisíveis aos olhos humanos, dependendo de suas vontades. O nome fada é usado tanto para o gênero masculino quanto para o feminino e vem do latim "fadum", que quer dizer destino. Isso se daria ao fato de que as fadas teriam o poder de mudar o destino das pessoas.

De acordo com a lenda popular, as fadas são alegres, ativas, temperamentais e inteligentes. Vivem abaixo dos montes, florestas e campos. Sua alimentação consiste em néctar de flores, mel, leite e comidas naturais.

O dia das fadas é comemorado em 24 de Junho no mundo inteiro. Dizem que essa é a época mais fácil de se ver uma fada, pois acredita-se que o manto entre o mundo dos humanos e o mundo das fadas fica mais fraco.

As fadas vivem em seu próprio mundo, transitando entre ele e o mundo dos humanos. Elas tem suas próprias leis, seus próprios tabus e seus próprios costumes, tendo, muito provavelmente, uma cultura bem diferenciada da humana. Elas são muito brincalhonas, fazem muitas travessuras, mas nunca fazem nada que possa ter uma consequência grave. Fadas podem ser poderosos aliados mágicos e mesmo guias espirituais, se tratadas com respeito.

Há quem diga que as fadas podem ser divididas em dois grandes grupos: as fadas do verão e as fadas do inverno. As primeiras teriam nove virtudes: honestidade, justiça, compaixão, coragem, esperança, fé, integridade, riso e alegria. Elas acreditam no livre arbítrio, têm o forte senso de ética, são pacientes, gentis e diplomatas. Já as segundas, são as fadas negras. São selvagens, imprevisíveis e anárquicas. São aquelas que possuem a chave para libertar os humanos de suas prisões interiores. Como não se importam com o controle, acabam por ser as agentes do caos. Quando entram na vida de uma pessoa, provocam mudanças radicais e fazem a pessoa passar por aventuras diversas. Elas desafiam as pessoas e as fazem amadurecer.

E esses foram apenas alguns tipos de fadas que existem. Sua diversidade é incrível, chega a ser inacreditável.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Marca de Nascença - Vida Passada


Atualmente, muitas pessoas acreditam que as marcas que trazemos conosco quando nascemos vieram bem antes disso. Isso mesmo! Elas seriam resultado de acontecimentos ocorridos na vida passada. Uma provável lembrança de como você teria morrido, ou mesmo coisas que não necessariamente teriam te matado, mas deixaram sequelas suficientes para serem marcadas na próxima vida.

Por exemplo, pessoas que em uma vida passada teriam sofrido uma queda de cavalo, poderiam nascer nesta vida com costelas calcificadas. Um índio morto com uma flechada nas costas poderia nascer com uma mancha no exato lugar aonde recebeu o ataque. Verrugas no pescoço poderiam indicar que a pessoa morreu sendo enforcada. Uma pessoa que sofreu uma grande pancada no pé, como, por exemplo, se um tronco de árvore tivesse caído por cima, poderia nascer com uma deformidade no pé. Dores inexplicáveis poderiam ser ferimentos de guerra. Problemas de visão poderiam indicar que a pessoa era cega na vida passada. Manchas diversas pelo corpo poderiam indicar que a pessoa morreu queimada, assim como problemas de estômago indicariam que a pessoa foi envenenada. E por aí vai.

Lembranças do passado que se preservaram guardadas na alma e se manifestaram na reencarnação, lembranças tristes e dolorosas que talvez tenham vindo para servir de lição. Lembranças que, se a lenda for verídica, serão feitas nessa vida e enviadas para a próxima assim como feito da anterior à nossa. E então? Você tem alguma mancha pelo corpo? Ela pode significar bem mais do que aparenta.

sábado, 21 de maio de 2016

Bloody Mary


Bloody Mary, também conhecida como Maria Sangrenta e Bruxa do Espelho, é uma lenda mundialmente conhecida, tendo originado-se nos Estados Unidos. A lenda conta que ela era uma mulher que, há cem anos, foi morta por um cirurgião, o qual usava como marca registrada a letra "T". Diz-se que o cirurgião arrancou os olhos de Mary e que ela morreu diante de um espelho. Antes de morrer, Mary teria tentado falar o nome de seu assassino, porém não conseguiu. Ainda assim, ela fez um "T" com seu sangue no espelho, para tentar acusá-lo de algum modo e, depois, morreu.

Reza a lenda que se uma pessoa pronunciar seu nome três vezes seguidas diante de um espelho, a invocará e ela matará qualquer um que tenha um assassinato nas mãos e não tenha confessado a ninguém, arrancando seus olhos ao fazê-lo. Dizem que, enquanto mata a pessoa, ela escreve com sangue o nome da vítima da pessoa em questão, depois arranca seus olhos, para que sua última imagem seja do nome da pessoa que matou. Dessa forma, muitas pessoas consideram a Bloody Mary uma justiceira.

Outra versão da lenda conta que Bloody Mary teria sofrido de uma doença terminal e que, após entrar em coma, seu pai, que seria cirurgião, a teria enterrado no quintal de casa. Com medo de que sua filha viesse a despertar, ele colocou um sino ligado ao caixão, para que ela o tocasse se precisasse sair dali. Porém, um dia, ao acordar, seu pai teria encontrado o sino totalmente destruído e, desesperado, ele correu para desenterrá-la, mas ela já havia morrido asfixiada. Quando ele abriu o caixão, Mary estava sem as unhas, a tampa do caixão estava arranhada e suja de sangue com as unhas de Mary presas na madeira dela. Ela teria lutado com todas as forças para sair dali, mas foi sem êxito.

Há também quem diga que se alguém arranjar um jeito de fazer a Bloody Mary se ver no espelho, conseguirá mandá-la embora. Pois, assim como ela mata assassinos, ela se veria como uma assassina e teria seus olhos arrancados mais uma vez, desaparecendo por completo.


Bloody Mary! Bloody Mary! Bloody Mary!

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Mnévis


Antigamente, no Egito, acreditava-se que um dos touros poderia se tornar o Mnévis (uma divindade). Por isso, sempre era escolhido o touro mais forte e saudável e este era levado a um templo, onde seria adorado. Quando o touro morresse, seu corpo seria mumificado e teria um enterro digno. Então, outro touro seria escolhido para ser o novo Mnévis. Claro que nunca poderiam haver mais de um Mnévis vivo. Os movimentos que o Mnévis fazia eram considerados como um oráculo. É interessante lembrar que o rei Aquenáton, que havia declarado Aton como o único deus a ser adorado, também passou a adorar o Mnévis, pois Aquenáton acreditava que o Mnévis nada mais era do que o deus Aton se manifestando em um animal.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Ícaro


Havia um famoso arquiteto que se chamava Dédalo. Dédalo tinha um sobrinho chamado Talo, o qual, certa vez, ao observar uma espinha de peixe, teve a ideia de criar a primeira serra. Com inveja de seu sobrinho, Dédalo o jogou de um precipício na intensão de matá-lo, porém, durante a queda, os deuses o transformaram num perdiz, impedindo-o de morrer. Mas, assim mesmo, Dédalo foi julgado pela morte de seu sobrinho e foi expulso de sua terra natal, refugiando-se em Creta com seu filho Ícaro sob a proteção do rei Minos.

Em Creta, Dédalo construiu o labirinto do minotauro e, após muito tempo, depois do minotauro morrer, Dédalo e Ícaro ficaram presos dentro do labirinto. Engenhoso, Dédalo construiu asas a partir de cera de abelha e penas de gaivota, um par para si e outro para seu filho e advertiu a este que não voasse muito próximo ao sol, pois a cera iria derreter e ele iria cair, e tampouco voasse perto do mar, pois as asas, molhadas, tornariam-se mais pesadas e dificilmente continuariam no ar.

E ambos lançaram-se ao céu com as asas. Porém, Ícaro não deu ouvidos ao seu pai. Ele estava animado com aquilo e queria voar o mais próximo do sol que pudesse e assim o fez. Infelizmente, foi próximo demais e a cera derreteu, fazendo suas asas desmancharem e ele cair no mar, afogando-se. Seu pai continuou seguindo para a costa, sem parar de chorar até chegar à Sicília, onde foi acolhido pelo rei Cocálo.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Vampiro


A lenda dos vampiros é conhecida mundialmente e vem sendo registrada desde os tempos pré-históricos. Mas nos tempos antigos não se conhecia a palavra "vampiro" e criaturas que se alimentam de sangue eram sempre associadas a demônios e espíritos malignos. Tanto que já houveram muitas mortes de pessoas por serem acusadas de vampirismo.

Para se tornar um vampiro há diversos meios citados nas lendas. No folclore eslavo e chinês, por exemplo, dizem que qualquer corpo acometido por um animal, em particular um cão ou um gato, temia-se que se tornasse um vampiro. No folclore russo, diz-se que teriam sido bruxos ou pessoas que se voltaram contra a igreja em vida. Há também quem diga que são vítimas de suicídio, ou pessoas possuídas por espíritos maléficos e que pode-se tornar-se um vampiro se for mordido por um deles.

Alguns exemplos de defesas que os humanos poderiam ter contra os vampiros: dizem que o alho e ramos de roseira silvestre os faria mal. Na Europa, diz-se que espalhar sementes de mostarda pelo telhado os repeliria. Há também os itens sagrados, como crucifixos, roseiras e água benta. Além disso, dizem que vampiros não podem pisar em chão sagrado, como o de igrejas e templos, que não podem atravessar água corrente e há quem diga que eles precisariam de permissão para entrar na casa de um ser humano, mas que, depois de receber a permissão, não precisariam dela para entrar novamente.

Há também quem diga que vampiros seriam fracos contra a luz do sol. Também dizem que eles não tem reflexo diante de um espelho e nem tem sombra. Essas seriam formas de identificá-los, porém, elas não são muito aceitas, pois dizem não serem verdade.

Há também quem diga que vampiros se levantam do túmulo por sentimentos como culpa, ódio e desejo. Eles sairiam à procura, primeiro, de seus entes queridos, para reencontrá-los e, provavelmente, por algum motivo, fazer-lhes mal, assombrando-os ou até coisas piores que isso. Também dizem que eles procurariam pessoas para terem encontros sexuais para satisfazer desejos que não foram satisfeitos em vida.

Os vampiros que conhecemos hoje representados em filmes e séries são, em sua maioria, com aspecto humano. Porém, nas origens da lenda, eles não teriam aspecto necessariamente humano. Eram criaturas horrendas, representados por imagens demoníacas. Coisas sem compaixão que matavam pessoas sem dó nem piedade para beber-lhes o sangue. Eles poderiam até parecer com zumbis, pois, como eram, na maioria das vezes, representados como mortos-vivos, eram vistos como corpos humanos em decomposição.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Metamorfo


Um metamorfo é uma criatura ou mesmo pessoa que tem a habilidade de se transformar em qualquer animal ou mesmo qualquer outra pessoa. A lenda dos metamorfos é bem conhecida pelo mundo e é contada pelas tribos norte-americanas e nórdicas. As tribos falavam de ataques dessas criaturas, que berravam como animais e atacavam como tal, bem como encontro com metamorfos durante caçadas.

Há quem diga que, para um metamorfo mudar de forma, ele precisa trocar toda a sua pele, criando uma nova pele com o formato que desejar. Também dizem que, quando eles estão numa forma que não é a original, procuram ficar longe da luz, pois seus olhos brilham com intensidade na presença de luz e isso os entregaria.

Não se sabe ao certo como os metamorfos adquiriram a habilidade de se transformar de uma forma tão brusca. Há quem diga que foi através de mutação, mas há também quem diga que eles adquiriram seus poderes através de magia e feitiços indígenas.

domingo, 15 de maio de 2016

Kushisake Onna


Se estiver no Japão, tome muito cuidado ao andar por uma rua tarde da noite. Você pode receber a visitinha de Kushisake Onna, cujo nome significa “a mulher com a boca dividida”. E uma sugestão: não tente fugir dela, porque ela pode não gostar muito e se teletransportar para a sua frente. De qualquer forma, a coisa não vai ficar muito legal para você.

Ela aparece usando uma máscara cirúrgica e um casaco e, quando estiver diante de você, te perguntará: “Eu sou bonita?”. Se você disser "não", ela vai cortar sua cabeça com um grande par de tesouras que traz consigo. Se você responder que sim, então ela tirará a máscara, revelando sua boca cortada de orelha a orelha.

E então vem a segunda parte: ela voltará a perguntar: “E agora?”. Se a sua resposta mudar e você disser "não", ela cortará você pela metade. E, se responder "sim", então você ficará igual a ela, pois Kushisake também cortará a sua boca.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Benu


Benu seria uma ave parecida com uma garça, muitas vezes representada com a coroa branca do Egito sobre sua cabeça, pois era vista como uma criatura da realeza. Benu possui o corpo coberto de belas penas brancas e duas delas se estendiam depois de sua cabeça. Além disso, Benu também tinha vários traços que o fazem ser comparado a uma fênix.

Benu já foi considerado a alma de Ré (o deus sol), quando ele tivera pousado na primeira porção de terra emersa da água no mundo, dando origem à vida. Outrora, porém, foi considerado a alma de Osíris, surgida após a morte do deus pelo seu irmão Seth. Porém, segundo outro mito egípcio, uma gansa, conhecida como a Grande Grasnadora, pôs o primeiro ovo, do qual nasceu Benu.

Sua comparação com a Fênix se deve ao fato de que dizia-se que o Benu aparecia a cada quinhentos anos, trazendo o corpo do pai falecido. Então, a ave criava uma fogueira na qual parecia e a partir da qual surgiria uma nova ave.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Rasga Mortalha


Há uma lenda de que corujas, geralmente brancas e que vivem nas torres das igrejas matrizes das cidades, poderiam ser sinal de mau agouro. Essas corujas geralmente cortam o céu da noite com suas penas brancas, que se destacam na escuridão. Seu canto lembra a onomatopeia de corte, o que as fez serem conhecidas como Rasga Mortalha, pois dizem que elas cortariam o tecido fúnebre que é a mortalha. Há quem diga que se uma Rasga Mortalha sobrevoa a casa de alguém é sinal de que um dos moradores daquela casa está prestes a morrer. O mesmo serviria se uma dessas corujas voasse por cima de uma pessoa em algum outro lugar. O sinal certeiro de que a morte se anunciava era quando, além de sobrevoar a pessoa ou a casa, ela cantava.

domingo, 8 de maio de 2016

Mar do Diabo


Também conhecido como Triângulo do Dragão ou Triângulo do Pacífico, o Mar do Diabo se situa no Oceano Pacífico, ao redor da Ilha Miyake, cerca de 100 Km ao sul de Tóquio.

Assim como o Triângulo das Bermudas, o Mar do Diabo é uma área misteriosa onde ocorrem acontecimentos e experiências inexplicáveis e de onde as pessoas que saem vivas, sãs e salvas agradecem por isso. É um lugar onde ocorre o desaparecimento de barcos e aviões (em maior número que mesmo no Triângulo das Bermudas), aparecimento de navios fantasmas, barcos não identificados, OSNIs e mesmo perda de intervalos de tempo.

A Declaração de Charles Berlitz (escritor estadunidense de ficção) diz que o Mar do Diabo aparece como uma zona de perigo nos mapas japoneses. Também afirma que o Japão perdeu cinco embarcações militares num desaparecimento que supera 700 pessoas e que isso ocorreu em tempos de paz. O Japão, querendo saber o que aconteceu com aquelas pessoas, financiou uma expedição com 100 cientistas ao Mar do Diabo. A embarcação deles também desapareceu misteriosamente, assim como toda a tripulação.

sábado, 7 de maio de 2016

A Baleia debaixo da Igreja


Em vários municípios do nordeste do Brasil, há uma lenda de uma baleia que viveria debaixo da igreja matriz. A lenda parece ter se originalizado em Valença, no Piauí.

A lenda diz que uma baleia mística está adormecida em baixo de uma igreja e que, se ela despertar, causará uma grande catástrofe. Reza a lenda que se alguém remover a imagem da padroeira do altar-mor da matriz, a baleia despertaria e grandes fendas se abririam no chão, jorrando água e inundando toda a cidade e seus arredores,

Cidadãos de Canguaretama afirmam que, ao se aproximar da igreja, às vezes sentem tremores (que seriam da baleia se remexendo por se sentir incomodada com algo) e dizem que, às seis da tarde, no silêncio, no altar, pode-se escutar o coração da baleia, bem como o movimento das águas subterrâneas.

Há quem diga que debaixo da igreja se encontra apenas a cabeça da baleia e que o corpo dela se estenderia por toda a cidade. Há também quem diga que a tal baleia teria sido uma sobrevivente do dilúvio. Também é interessante saber que, durante o século XIX, as paredes das igrejas eram construídas com pó de ostra e óleo de baleia, que faziam parte da composição do cimento.

Minotauro


O Minotauro é uma criatura com cabeça de touro e corpo de homem. É uma das lendas mais conhecidas da Mitologia Grega.

Após assumir o trono de Creta, Minos passou a combater seus irmãos pelo direito de governar a ilha. Ele então rogou ao deus dos mares, Posseidon, pedindo-lhe que enviasse, como prova de aprovação ao seu reinado, um touro branco como a neve. Quando tivesse o touro, Minos deveria sacrificá-lo em homenagem a Posseidon. Porém, Minos recebeu o touro branco e não o sacrificou. Ele ficou encantado pelo touro e por sua beleza. Como punição àquela ofensa, Afrodite fez com que a mulher de Minos, Pasífae, se apaixonasse perdidamente pelo touro branco. Pasífae, por sua vez, ficou tão envolvida pelo seu amor ao touro que pediu ao arquiteto Débalo que fizesse uma vaca, para que ela pudesse se esconder em seu interior e copulasse com o touro branco. E assim foi feito. Porém, com a cópula, Pasífae engravidou e dessa gravidez nasceu uma criatura bizarra. Era o Minotauro, corpo de homem e cabeça de touro.

Durante a infância, Pasífae cuidou de Minotauro, mas, quando cresceu, ele tornou-se violento. Era uma aberração da natureza, não tinha uma comida própria para suprir seu corpo, então passou a se alimentar de seres humanos. Minos então aconselhou-se com o oráculo e, ao regressar, pediu a Dédalo que construísse um labirinto gigantesco para prender a criatura dentro. Dédalo o fez e eles prenderam o Minotauro dentro do labirinto, impedindo-o que fizesse mal a mais alguém. O local ficou conhecido como o Labirinto do Minotauro.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Voo 19


Esse é um dos casos mais famosos que envolvem o Triângulo das Bermudas, que fala sobre o Voo 19, no qual uma aeronave que passava pelo espaço aéreo do Triângulo simplesmente desapareceu sem deixar nenhum rastro.

No dia 5 de dezembro de 1945, uma esquadrilha de cinco Grumman TBF Avenger deixou a base aérea de Fort Lauderdale. Cada avião conduzia três homens (um piloto, um radioperador e um artilheiro) com exceção de uma aeronave (que conduzia apenas um piloto e um artilheiro), de modo que 14 homens desapareceram. O Capitão conseguiu se comunicar com a base e dizer que eles estavam perdidos, a base pediu que verificassem a bússola e o capitão disse que ela não estava funcionando.

A base aérea então resolveu mandar um hidroavião em busca dos outros cinco. Porém, este teve que regressar, pois seu rádio estava com problemas. Não satisfeita, a base aérea mandou outro hidroavião com 13 tripulantes e este desapareceu, assim como toda a sua tripulação. Até hoje, não se tem informações ou qualquer outro fato sobre o Voo 19. Ninguém consegue explicar o que aconteceu lá no Triãngulo das Bermudas.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Ísis


Ísis é a deus egípcia que representa a mãe ideal e a esposa ideal. Ela é a deusa da fertilidade, da magia, da natureza e da simplicidade.

Ísis é aquela por quem os oprimidos chamam quando precisam de ajuda. Muitas vezes, o papel de Ísis foi interpretado como assistente do Faraó morto. Por isso, por algum tempo, sua imagem ficou associada à morte e a funerais, fato esse que fez seu nome aparecer mais de 80 vezes nos chamados Textos das Pirâmides. Ísis também é representada muitas vezes nos sarcófagos com grandes asas, que diziam proteger contra a maldade.

Ísis também é conhecida como a irmã-esposa de Osíris. Sua irmã, Néftis, queria um filho de Osíris, porém Osíris não a desejava, então Néftis assumiu a forma de ísis, que era muito mais atraente, e conseguiu enganá-lo, fazendo com que copulassem, daí nasceu Anúbis. Porém, Néftis tinha medo de que se Osíris descobrisse sobre aquilo, mataria sua criança, então ela persuadiu Ísis a adotar a criança e Ísis assim o fez. É por isso que Anúbis é uma divindade do submundo, pois é filho de Osíris, e é por isso que ele não pode assumir como o senhor do submundo, pois não é filho legítimo dele.

Ísis era muito poderosa. Uma vez, Seth, seu irmão, criou uma caixa e, numa reunião com todos, disse que daria a caixa a quem coubesse nela perfeitamente. Claro que ele havia medido Osíris enquanto dormia primeiro. Então, todos tentaram e não conseguiram encaixar-se perfeitamente, até que Osíris o fez e se encaixou. Nesse momento, Seth fechou a tampa da caixa e, depois, jogou-a no Rio Nilo, para que fosse levado pelas águas. Ísis procurou a caixa até encontrá-la em um lugar muito distante. Ela queria fazer um enterro decente para Osíris. Então, Ísis levou a caixa para um pântano e a escondeu por lá. Porém, Seth encontrou a caixa lá e, irado, estraçalhou o corpo de Osíris, espalhando suas partes por todo o Egito, a fim de que Ísis jamais as encontrasse para dar-lhe seu enterro decente. Então, Ísis, juntamente com Néftis, passou a procurar todas as partes, até que as juntou. Eram 14 partes (há variações na lenda), mas elas só encontraram 13. A última parte, o pênis, havia sido engolido por um peixe, mas Ísis o refez com magia. Com o corpo de Osíris refeito, Ísis tornou-se um papagaio e sobrevoou o corpo morto, usando magia, e, assim, ela engravidou de Hórus. Depois que Hórus nasceu, Ísis passou a viajar bastante com medo de que Seth encontrasse-a e matasse o seu filho.

Para que Ísis pudesse usar da magia para trazer Osíris de volta à vida, ela precisou da ajuda de Rá. Então, Isis fez Rá ser picado por uma serpente egípcia venenosa que só Ísis tinha antídoto para o veneno. Dessa forma, em troca da cura, Rá teria que lhe dizer seu verdadeiro nome (As divindades egípcias nunca revelavam seu verdadeiro nome, pois quem o conhecesse poderia invocar seus poderes).

segunda-feira, 2 de maio de 2016

O Triângulo das Bermudas


Originalmente conhecido como o Triângulo do Diabo, é uma área localizada no Oceano Atlântico entre as ilhas Bermudas, Porto Rico, Fort Lauderdale, na Flórida, e as Bahamas. O Triângulo das Bermudas (nome que recebeu do espanhol Juan Bermudez) é um lugar conhecido mundialmente e que assusta a maioria das pessoas. Esse lugar é misterioso e, até hoje, ocorrem nele acontecimentos inexplicáveis que intrigam a humanidade.

Os casos mais comuns ligados ao Triângulo das Bermudas são os desaparecimentos de embarcações e até mesmo aviões (um dos casos mais famosos é o do Voo 19). Barcos passavam pelo Triângulo e nunca mais eram vistos. Tripulações inteiras desapareciam sem deixar qualquer rastro de existência.

Pessoas que já passaram pelo Triângulo das Bermudas afirmam que viram luzes estranhas vindas do fundo do mar, monstros horríveis que emitiam sons apavorantes, discos voadores com extraterrestres, navios fantasmas... e, além de todas essas bizarrices, o local por si já é perigoso, tendo furacões, redemoinhos, ondas gigantes, névoa, interferência magnética e tempestades desastrosas.

Pesquisadores rastrearam casos ocorridos no local até a época de Colombo, que relatou mau funcionamento de sua bússola e a presença de luzes emergindo do oceano. Mas tem gente que acredita que até os fenícios evitavam passar por lá, pois há registros de que eles temiam monstros que se moviam num oceano de algas. Hoje, há especialistas que vêem nisso uma indicação de que eles teriam chegado ao mar de Sargaços, área infestada de algas que se estende sobre o Triângulo.

domingo, 1 de maio de 2016

A Pedra da Apertada Hora


À primeira vista, parece mais uma pedra que vemos com bastante frequência ao viajar pelo sertão do nordeste do Brasil. Mas esta é a Pedra da Apertada Hora, uma pedra lendária. Ela está localizada no distrito de Itacolomy-Uruburetama-CE. Neste local acontecem aparições estranhas e inexplicáveis vivenciadas pelos moradores próximos. Diz-se que é muito comum aparecerem luzes misteriosas, princesas encantadas e até mesmo caiporas, dentre outros.

terça-feira, 26 de abril de 2016

O casarão da Fazenda Trigreiro


Esse casarão está situado nos arredores da cidade de Pereiro-CE, no nordeste do Brasil. Ele fica na Fazenda Trigreiro e foi construído há 220 anos. O fazendeiro Manoel Diognes Ozório foi o primeiro morador e lá viveu a primeira geração da família Diognes.

Segundo alguns relatos, a areia usada na construção era trazida do Rio Jaguaribe. Um fato curioso é que o térreo só tem janela para frente. Segundo os pesquisadores, isso era uma estratégia de defesa contra ataques de índios e cangaceiros, muito comuns na época. Qualquer sinal de ataque, era só fechar as janelas e portas da frente e a defesa estaria armada.

Há relatos de que o casarão é mal assombrado. Talvez pelos espíritos daqueles que viveram por lá. Relatos dos moradores dos dias de hoje afirmam que pode-se escutar choro de crianças lá dentro, além de batidas de pilão e animais se aproximando. Há boatos também que haveriam ossos humanos enterrados nas paredes da casa, que chegam a ter um metro de largura.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Ammit


Ammit, também conhecido pelo nome de Ammut, Amut ou Ahemait; era conhecido como "O devorador", "O devorador de Almas", "O devorador de Corações" e mesmo como "Grande Morte".

Ammit era um monstro horrendo e pavoroso que parecia a mistura de um leão, um crocodilo e um hipopótamo (conhecidos na época do antigo Egito como os maiores matadores de pessoas). Ammit era um ser que se poderia encontrar após a morte do corpo físico. Acredita-se que, após morrer, a alma das pessoas iriam ser julgadas por Osíris. O coração da pessoa em julgamento seria colocado numa balança, comparado a uma pena. Se o coração pesasse tanto quanto a pena ou menos que isso, a pessoa estava salva e iria para a vida eterna ao lado dos deuses. Porém, se o pesar dos pecados contidos no coração fosse maior que o da pena, ele seria sentenciado ao Ammit.

Ammit, por sua vez, ao encontrar a alma da pessoa que não passou no julgamento de Osíris, iria destroçá-la. Ele a devoraria sem dó ou piedade até não restar mais nada, e a pessoa deixaria simplesmente de existir, perdendo seu direito à vida eterna.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Alma Egípcia


Para os antigos egípcios, havia vida após a morte, então, para eles, aquela vida era altamente desejável. Eles acreditavam que existia, dentro de nós, uma alma imortal que continuaria vivendo após a morte do corpo físico. A alma era composta por partes diversas. Não havia apenas a forma física, e sim haviam oito partes imortais ou semi-divinas, que sobreviviam à morte. Portanto, as oito partes imortais mais a parte mortal constituíam as nove partes do ser humano.

Partes da alma egípcia:

Khat - A forma física, o corpo que pode se desintegrar após a morte, a parte externa dos mortais que pode ser preservada apenas pela mumificação.

Ka - O Ka passa a seguir a pessoa como uma sombra ou um duplo, durante toda a vida. Mas quando a pessoa morre, o Ka retorna para sua morada celeste. A preservação do corpo, as oferendas de comida, sejam reais ou apenas gravadas nas paredes da tumba, propiciavam energia ao Ka (não que ele comesse, mas assim como as estátuas dos deuses, o Ka assimilava energia). Os egípcios acreditavam que os animais, as plantas, a água e as pedras, por exemplo, possuíam seu próprio Ka. O Ka humano até podia habitar uma planta, enquanto a pessoa a quem ele pertencia dormia. O Ka podia se manifestar, como um fantasma para outras pessoas, tanto fazia se a pessoa a quem ele pertencia estivesse viva ou morta. Podia até apavorar as pessoas que por acaso tivessem feito algum mal para seu possuidor. Se, por exemplo, a família não tivesse feito as oferendas devidas, o Ka faminto e sedento, os assombraria até que corrigissem seu erro. Na vida diária, ao dar comida e bebida para alguém, os antigos egípcios costumavam usar a frase "para o seu Ka", para desejar energia vital do Ka.

Ba -  Ele podia assumir a forma que desejasse. Geralmente ele se apresenta na forma de um pássaro com cabeça humana que flutua em torno da tumba durante o dia, alimentando o falecido com água e comida.

Akh - Também pode ser chamado de Akhu, Khu ou Ikhu.  É o resultado da união do Ba e do Ka. É a parte imortal, o ser radiante que vive dentro do Sahu. Significa o intelecto, os desejos e intenções do falecido. O Akh se transfigura na morte, e sobe aos céus para viver com os deuses entre as estrelas.

Sahu - É o corpo espiritual. Caso o morto se saia bem no Julgamento de Osíris, o Sahu sobe aos céus saindo do corpo físico, como todas as habilidades mentais de um ser humano vivo.

Sekhem - É a personificação incorpórea da força vital do homem, que passa a viver entre as estrelas junto com o Akh, após a morte física.

Ab - Também pode ser chamado de Ib. É o coração metafísico, esta é a fonte do bem e do mal dentro de uma pessoa. É o caráter e o centro dos pensamentos, que pode abandonar o corpo de acordo com sua vontade, e viver junto com os deuses após a morte, ou ser engolida por Ammut, assim tendo a morte final, quando os pratos da balança de Ma´at não se equilibram.

Ren - É o nome verdadeiro. É a parte vital do homem em sua jornada através da vida e do pós vida. Para compreender melhor, basta saber que o deus criador Ptah, criou o mundo dizendo o nome de todas as coisas. Um recém nascido devia receber um nome imediatamente senão estaria vivendo uma existência incompleta. As cerimônias de nomeação eram secretas, de modo que, uma pessoa podia viver toda sua vida usando um apelido para que ninguém descobrisse seu nome verdadeiro.